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A investigação da Polícia Federal (PF) em relação à recompra das joias sauditas agora avança para a etapa de quebra dos sigilos bancários e fiscais do advogado de Jair Bolsonaro (PL), Frederick Wassef. A principal questão a ser esclarecida é a origem dos fundos utilizados para a reaquisição do relógio Rolex desviado por Mauro Cid.
No mês de março de 2023, Wassef efetuou a recompra do tal relógio, após uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) que exigia a restituição de todos os presentes recebidos por Bolsonaro à União. Até aquele momento, o ex-presidente alegava que as joias estavam armazenadas na fazenda do ex-piloto de Fórmula 1, Nelson Piquet.
O relógio, um exemplar do modelo Oyster Perpetual Day Date, confeccionado em ouro branco, platina e diamantes, foi adquirido por um montante superior ao valor pelo qual havia sido inicialmente vendido por Mauro Cid (R$ 300 mil). Wassef viajou aos Estados Unidos e encontrou-se com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro para efetuar a transferência do objeto, que ocorreu alguns dias depois. A entrega foi posteriormente recebida por Osmar Crivelatti, um dos alvos da operação realizada hoje (11/08).
O mencionado relógio foi oferecido como presente pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro, durante uma visita oficial ao país em 2022.
É esperado que o advogado Frederick Wassef seja convocado para prestar depoimento à PF já no início da próxima semana. Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, também será intimada a prestar esclarecimentos.