O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (9), na qual afirmou que valorizar a Amazônia “não é apenas manter as árvores em pé”. O presidente pediu “dignidade para as quase 50 milhões de pessoas que moram na Amazônia sul-americana”.
Sem responder perguntas de repórteres, Lula fez uma declaração à imprensa com um balanço final da Cúpula da Amazônia, em Belém. O presidente ainda participa de almoço com representantes dos países participantes da Cúpula e de reuniões bilaterais na tarde desta quarta.
Veja também: Análise: O resultado das negociações da Cúpula da Amazônia
“É a natureza, que o desenvolvimento industrial ao longo de 200 anos poluiu, que está precisando que eles paguem sua parte agora para a gente recompor parte daquilo que foi estragado”, disse Lula.
“Hoje, negar a crise climática é apenas insensatez, mas valorizar a floresta não é apenas manter as árvores em pé. Significa dar dignidade para as quase 50 milhões de pessoas que moram na Amazônia sul-americana”, completou.
Ele destacou as reuniões com os países com florestas tropicais ao longo dos dois dias de evento.
FOTOS: Análise: Países fecham acordo sem meta comum de desmatamento
Foto de um macaco-barrigudo (Lagothrix lagotricha) visto na Amazônia colombiana, em abril de 2023.
Crédito: Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
Vista geral do rio Amazonas passando pelo departamento de Amazonas, na Amazônia colombiana.
Crédito: Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
Vista aérea de região desmatada da Amazônia colombiana, em março de 2023.
Crédito: Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
Cheia do rio Mocoa durante fortes chuvas na Amazônia brasileira, em Mocoa, na Amazônia colombiana, em maio de 2022.
Crédito: Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
Pegadas humanas deixadas na lama da selva amazônica, na Amazônia colombiana, em abril de 2023.
Crédito: Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
Ponte sob o rio Mocoa durante fortes chuvas na Amazônia colombiana, na cidade de Mocoa, em maio de 2022.
Crédito: Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
Imagem aérea de zona desmatada na floresta amazônica no estado do Acre, na Amazônia brasileira, em julho de 2022.
Crédito: Rafael Vilela for The Washington Post via Getty Images
Boto é visto no rio Amazonas, na Colômbia, na Amazônia, em 4 de abril de 2023.
Crédito: Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
Fazendeiro olha para fumaça que sobe de incêndio em Alto Rio Guamá, na Amazônia brasileira, em setembro de 2020.
Crédito: João Paulo Guimarães/picture alliance via Getty Images
Vista de casa construída à margem do rio Limoeiro, no norte da Amazônia brasileira, em Limoeiro do Ajuru.
Crédito: Dieh Sacramento/picture alliance via Getty Images
Vista aérea de região desmatada da Amazônia colombiana, em março de 2023.
Crédito: Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
Grupo do Ibama combate foco de incêndio na cidade de Novo Progresso, no sul do Pará, na Amazônia brasileira, em agosto de 2020.
Crédito: Ernesto Carriço/NurPhoto via Getty Images
Grupo do Ibama combate foco de incêndio na cidade de Novo Progresso, no sul do Pará, na Amazônia brasileira, em agosto de 2020.
Crédito: Ernesto Carriço/NurPhoto via Getty Images
Vista da floresta amazônica pela proa de um barco, na cidade de Leticia, na Amazônia colombiana, em abril de 2023.
Crédito: Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
Plantas industriais na floresta amazônica, em Manaus, na Amazônia brasileira, em janeiro de 2023.
Crédito: Jens Büttner/picture alliance via Getty Images
Fotografia aérea de seção da floresta amazônica desmatada por incêndios, na região de Candeias do Jamari, em Porto Velho, na Amazônia brasileira, em agosto de 2019.
Crédito: Victor Moriyama/Getty Images
Vista do rio Amazonas na cidade de Letícia, na Amazônia colombiana, em abril de 2023.
Crédito: Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
Rio recorta os meandros da Amazônia brasileira em Manaus. Fotografia de janeiro de 2023.
Crédito: Jens Büttner/picture alliance via Getty Images
Casal de araras em ninho na Amazônia, em Roraima, em fotografia de novembro de 2017.
Crédito: Ricardo Funari/Brazil Photos/LightRocket via Getty Images
Família de pai e filhas carregam balde d’água na rodovia Transamazônica, no estado do Pará, na Amazônia brasileira, em novembro de 2017.
Crédito: Ricardo Funari/Brazil Photos/LightRocket via Getty Images
Gado é visto em pasto na bacia do alto rio Amazonas, em Rondônia.
Crédito: Marica van der Meer/Arterra/Universal Images Group via Getty Images
Acampamento de pesquisa do Amazon Tall Tower Observatory do Instituto Max Planck, na Amazônia brasileira, em Manaus, em janeiro de 2023.
Crédito: Jens Büttner/picture alliance via Getty Images
Casal de trinta-réis-grandes, também chamados de andorinha-do-mar, trinta-réis e gaivota, na Amazônia colombiana, em abril de 2023.
Crédito: Juancho Torres/Anadolu Agency via Getty Images
Ponte suspensa na floresta amazônia, na Amazônia peruana.
Crédito: Kike Calvo/Universal Images Group via Getty Images
Imagens tiradas de um hidroavião mostram nuvens passando pela floresta amazônica, em Manaus, em janeiro de 2023.
Crédito: Jens Büttner/picture alliance via Getty Images
Caminhão levanta poeira em estrada da Amazônia enquanto viaja em porção desmatada da floresta amazônica, próximo de Chupinguaia, em Rondônia, em junho de 2017.
Crédito: Mario Tama/Getty Images
Em seguida, também foi adotado, nesta quarta, um comunicado conjunto dos “países florestais em desenvolvimento”, que, além dos membros da OTCA, inclui os convidados para a Cúpula, Indonésia, República Democrática do Congo, República do Congo e São Vicente e Granadinas.
Com mais de 100 parágrafos, Lula saudou a Declaração de Belém pelas “iniciativas muito concretas para o enfrentamento dos desafios compartilhados por nossos oito países”.
“Trabalharemos no combate ao desmatamento e aos ilícitos, na criação de mecanismos financeiros e apoio às ações nacionais e regionais de desenvolvimento sustentável, na criação de um painel técnico-científico e na criação de novas instâncias de coordenação e participação”, disse.
Veja também: Análise: Países fecham acordo sem meta comum de desmatamento
Ele afirmou que os países em desenvolvimento com florestas tropicais participantes da Cúpula identificaram “enormes convergências” e estão convencidos de que “é urgente e necessário nossa atuação conjunta em fóruns internacionais”.
Lula reivindicou “maior representatividade em discussões que nos dizem respeito”. “Defenderemos juntos que os compromissos de financiamento climático assumidos pelos países ricos sejam cumpridos”, acrescentou.
O presidente ainda afirmou que foram definidas duas frentes de ação importantes.
“Uma delas é trabalhar pela definição de um conceito internacional de sociobioeconomia que nos permita certificar produtos das florestas e gerar emprego e renda. Outra é criar um mecanismo para remunerar de forma jsuta e equitativa os serviços ambientais que as nossas florestas prestam ao mundo. Medidas protecionistas mal disfarçadas de preocupação ambiental por parte de países ricos não são o caminho a trilhar”, concluiu.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Valorizar a floresta não é apenas manter as árvores em pé, diz Lula em encerramento da Cúpula da Amazônia no site CNN Brasil.