Um vídeo obtido pela coluna Na Mira mostra o momento em que o líder da facção carioca Comando Vermelho (CV), Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, desembarcou na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O criminoso, condenado a 317 anos, estava preso na penitenciária de segurança máxima de Campo Grande (MS). A operação ocorreu em sigilo na última quarta-feira (10/1) e reuniu cerca de 100 policiais penais. Entre os transferidos, também estão Marcinho VP e Mano G.
As práticas de transferência de alguns presos entres os centros federais é comum e serve para desarticular a organização de grupos criminosos.
As imagens mostram Fernandinho Beira-Mar escoltado por policiais penais federais. Veja:
Fernandinho Beira-Mar líder do CV é transferido de presídios federais 1
Polícia Penal Federal/Divulgação
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Polícia Penal Federal/Divulgação
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Em 2021, Fernandinho Beira-Mar afirmou, em um vídeo, que sofria maus-tratos na prisão do Mato Grosso do Sul, onde estava desde 2019.
Marcinho VP
O traficante Marcio Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, chefe do Comando Vermelho, está preso há 21 anos ininterruptos. Nesse tempo, o traficante apontado como líder de uma das maiores facções do Brasil passou por diversas penitenciárias. Ele estava detido no presídio federal de segurança máxima em Catanduvas (PR).
Em 2022, ele lançou o livro Marcinho Verdades e Posições — Direito Penal do Inimigo. Na obra, feita com o jornalista Renato Homem, o detento conta sua trajetória no mundo do crime, nega as acusações feitas contra ele e comenta sobre a política brasileira.
Mano G
A facção criminosa Família do Norte (FDN) é vista como um dos principais grupos do Amazonas. A FDN é apontada pela Polícia Federal como a terceira maior facção do Brasil.
A FDN é resultado da união de dois grandes traficantes, Gelson Lima Carnaúba, o Mano G, e José Roberto Fernandes Barbosa, o Pertuba. Segundo a PF, após passarem uma temporada cumprindo pena em presídios federais, os dois retornaram para Manaus, em 2006, determinados a se estruturarem como uma facção criminosa.
O resultado é o grupo que foi alvo da operação La Muralla, em 2015, que teria movimentado milhões por mês com o domínio da “rota Solimões” – usada para escoar a cocaína produzida na Bolívia e no Peru por meio dos rios da região amazônica.