Sergio Moro seguirá com o mandato de senador ou será cassado?
Hoje é dia de depor no caso em que ele é acusado de abuso de poder econômico, caixa 2, uso indevido de meios de comunicação e irregularidade em contratos.
As apostas dos políticos no Congresso é de adeus Moro. Um misto de previsão com torcida já que o senador paranaense do União Brasil é detestado por nove entre dez políticos.
Estão de olho na cadeira que Moro poderá deixar vaga nomes como Gleisi Hoffman, Alvaro Dias e Michelle Bolsonaro. Uma nova eleição será convocada no Paraná caso ele seja cassado.
O processo contra Moro tem origem em ações do PL e da federação PT, PV e PC do B que foram unificadas mês passado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.
É permitido gastar em campanhas para o Senado até 4,4 milhões de reais, mas se somar com sua campanha inicial que era para a presidência da República, Moro torrou mais de 6 milhões de reais, o que é apontado como vantagem indevida pelos seus concorrentes.
O depoimento de Moro está marcado para 13h. Ele poderia escolher se será ouvido de maneira presencial no TRE-PR ou por videoconferência. Vantagens que só um senador com prerrogativa de foro tem. Segundo Vinicius Nunes, repórter aqui no Blog do Noblat, será presencial.
O erro número 1 de Moro foi ter buscado meios escusos para condenar políticos na lava-jato. Seu ranço e parcialidade contra o Lula depois acabou escancarada pelas suas crenças e convicções políticas. Moro não é nem de direita, ele é extrema-direita.
O erro numero 2 foi ter se tornado um empregado de Jair Boslsonaro e negociado o cargo de ministro da Justiça ainda durante a eleição em que tinha prendido e retirado Lula da disputa. Ali, rasgou sua historia como juiz e mostrou que tinha um projeto de poder político. Jogou fora qualquer sombra de imparcialidade quando abandonou a toga e se vendeu ao governo que depois ameaçou a democracia.
O erro número 3 foi se tornar senador num Congresso Nacional que quer vê-lo pelas costas. Moro é adversário de boa parte dos políticos, ele construiu sua trajetória como o juiz da operação que mais prendeu parlamentares e de maneira parcial, claro que não é bem visto no meio deles que fazem de tudo para derrubá-lo. O seu fim na política parece próximo. Serão oitos anos de inelegibilidade a se confirmar sua cassação no TRE e em seguida, caso ele recorra, no TSE. Não fará falta nenhuma para os senadores.