Um estudo publicado na revista Neurology, nesta quarta-feira (13/12), sugere que sofrer de hipersonia idiopática pode ser mais comum do que se acreditava.
Até aqui a hipersonia idiopática vinha sendo considerada como um distúrbio de sono raro. A característica principal da condição é a sonolência excessiva ainda que a pessoa tenha passado por uma boa noite de descanso. Não é raro que indivíduos com hipersonia idiopática tirem cochilos em meio a conversas com outras pessoas ou em ocasiões sociais.
O transtorno é mais comum em homens e, além do sono diurno e da sensação de sempre estar cansado, o indivíduo também pode ter grande dificuldade para despertar ou fazê-lo em meio a um estado de torpor e de confusão mental, demorando a dar conta de si e do que precisa fazer ao sair da cama.
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Quando o assunto é qualidade do sono, é necessário implementar uma rotina saudável que garanta uma boa noite de descanso. Muitas vezes, a dificuldade para dormir ou acordar cedo, por exemplo, está relacionada aos hábitos cotidianos que devem ser corrigidos
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Uma noite de sono mal dormida interfere diretamente no humor e no desempenho das atividades do dia seguinte. Além disso, os níveis de irritabilidade, ansiedade e estresse podem aumentar significativamente
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Estudos mostram que o tempo ideal de horas de sono varia para cada pessoa, mas a média mundial é de seis a oito horas por noite. Durante o sono profundo, ocorre a liberação de hormônios importantes para a regulação do organismo
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Muitas pessoas têm sono ruim e nem percebem isso. Na dúvida, que tal adotar algumas técnicas conhecidas como “higiene do sono”?
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1. Crie uma rotina: procure deitar e levantar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos feriados e fins de semana
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2. Durma um pouco mais cedo a cada dia: aproveite o período próximo ao fim das férias para dormir cerca de 30 minutos antes do horário que estava acostumado a ir para a cama a cada dia, até chegar no horário ideal
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3. Levante-se se não conseguir dormir: saia da cama se tiver dificuldade de adormecer. Faça algo relaxante como respirar fundo, ouvir música suave ou ler um livro. Recomenda-se não ligar a televisão ou mexer no celular. Só retorne para a cama quando estiver sonolento
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4. Cama é para dormir: nunca use a cama para estudar, ler, ver TV, ficar no computador ou no celular. O corpo precisa entender que aquele é um ambiente de relaxamento
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5. Mantenha o quarto escuro: ter um quarto completamente escuro, sem luminosidade externa ou luzes de aparelhos eletrônicos facilita o sono
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6. Evite cochilos: limite cochilos diurnos a menos de uma hora de duração e até as 15h, para não prejudicar o sono da noite
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7. Evite alimentos e bebidas estimulantes entre quatro e seis horas antes de deitar. Na lista entram chocolate, café, refrigerantes, chás do tipo preto, verde, mate e chimarrão
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8. Evite fazer exercícios físicos de alta intensidade nas três horas antes do horário programado para deitar. Eles podem deixar a pessoa muito alerta e atrapalhar o sono
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9. Diminua o ritmo: separe de 15 a 30 minutos antes de deitar para relaxar e diminuir o ritmo. Desligar-se de estímulos externos ajuda a sinalizar o cérebro de que é hora de dormir
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10. Evite bebidas alcoólicas e cigarro: eles também prejudicam o padrão do sono
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O trabalho dos pesquisadores monitorou o comportamento de 792 voluntários que, além de terem o sono mapeado, responderam questionários sobre seus hábitos diurnos. De acordo com os resultados, 12 pessoas do grupos apresentavam a hipersonia idiopática, o que equivale a cerca de 1,5% do total de pessoas estudadas.
O autor da pesquisa, David T. Plante, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos afirmou: “Examinamos dados de um grande estudo do sono e descobrimos que esta condição é muito mais comum do que as estimativas anteriores davam conta e tão prevalente quanto algumas outras condições neurológicas e psiquiátricas comuns, como epilepsia, transtorno bipolar e esquizofrenia”.
Qualidade de vida prejudicada
Segundo o pesquisador, o problema costuma ser subnotificado porque os exames para detectar a doença são sofisticados. O prejuízo é que muitas pessoas podem viver com a qualidade de vida prejudicada apesar a condição ter tratamento.
O ideal é que tanto o diagnóstico quanto o tratamento da hipersonia sejam conduzidos por um médico neurologista especializado em distúrbios do sono. O controle do problema geralmente é feito com medicamentos de ação estimulante, antidepressivos e mudanças no estilo de vida.
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