Na última sexta-feira (15/12), mesma data em que completa 17 anos, o Museu Nacional da República deu as boas-vindas à exposição Aos Ventos que Hão de Vir. Sob curadoria de Fernanda Lopes, o projeto é resultado de um ano de pesquisa no acervo do museu.
A mostra consiste em um recorte pensando não somente na coleção de artes visuais, mas também no prédio e no território em que o Museu Nacional ocupa. “Essa é uma exposição que tenta, ao mesmo tempo, lidar com a arquitetura do local. Quem vier visitá-la, vai perceber que ela não tem paredes falsas, tem trabalhos que lidam com elementos arquitetônicos”, conta Fernanda à Coluna Claudia Meireles.
“O museu é previsto dentro desse espaço do Setor Cultural Sul, já no Plano Piloto, mas ele só começa a ser construído no início dos anos 2000, e efetivamente inaugurado em 2006. Nesse arco de tempo, ele passa por vários projetos arquitetônicos, ele recebe vários nomes. É um museu que foi se construindo durante muito tempo. Então, muitas das obras aqui lidam com essa questão do tempo, do processo, da ideia de projeto. É nesse duplo caminho que eu organizo a exposição”
Fernanda Lopes
Fernanda Lopes, curadora da exposição
Evento marca abertura da exposição Aos Ventos Que Hão de Vir
A curadora frisa o quão é “interessante perceber como as pessoas lidam com as obras e descobrem ou reencontram trabalhos do acervo [do museu] que elas gostam muito e que, aqui, estão expostos de novo”.
Para Adriana Vignoli, uma das artistas participantes, estar no museu é algo sempre “agregador”. “Além de você ver a história do espaço, você vê a história de cada artista. Para mim, é muito bom. O meu trabalho está do lado do Bené Fontelles, um grande artista da cidade; e do lado da escultura do César Becker, outro grande artista local. Você ver a interação das pessoas, do público, ver esse espaço cheio de gente, cheio de movimento, eu acho que preenche a todos”, compartilha à coluna.
Adriana Vignoli, artista responsável pela obra Quando as solas dos pés não reconhecem a diferença entre floresta e folha
Vídeos, fotos, esculturas, sons, projetos e instalações são as diversas formas de arte expostas na mostra, sempre, é claro, aproveitando a arquitetura do museu.
O local está aberto para visitação de terça-feira a domingo, das 9h às 18h30, com entrada gratuita.
Confira os cliques do evento de abertura:
Mostra é resultado de um ano de pesquisa no acervo do Museu Nacional da República
Exposição foi inaugurada com evento na última sexta-feira (15/12)
Felipe Abdala, artista da obra Carvão Sobre madeira, dobradiças e fio
Tais Gonzaga e Arthur Gonzaga
Léa Juliana
Klara Santos e Apollo Gaspar
Obra sem título
Carvão Sobre madeira, dobradiças e fio, de Felipe Abdala
Visitantes conferem as obras
Há trabalhos que lidam com elementos da arquitetura
Fotografia da capital da República
Quando as solas dos pés não reconhecem a diferença entre floresta e folha, de Adriana Vignoli
A mostra consiste em um recorte pensando não somente na coleção de artes visuais, mas também no prédio e no território em que o Museu Nacional ocupa
Sérgio Adriano H
Daniel Ribeiro, Viviane Ribeiro, Heloá, Enzo Lima e Mayk Trindade
Camila Tisott e Antônio Grossi
Ana Frade e Renata Azambuja
Breno de Faria e Felipe Abdala
Jeniffer, Gildete, David, Jamile e Ana Beatriz Rainha
Petra Schmidt e Osvaldo Orias
Matias Mesquita e Adriana Vignoli
Sara Seilert e Viviane Pinto
Mostra ocupa o mezanino do museu
Obras expostas
Escultura
Cerca de 30 artistas e 30 obras compõem a exposição
Fernanda Lopes, Sara Seilert e Felipe Abdala
Museu Nacional da República
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