O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) concedeu uma liminar para que a adolescente que foi escalpelada ao participar de uma corrida de kart, no domingo (10/12), passe por um procedimento de bomba à vácuo para ajudar na recuperação do couro cabeludo. Heloisa Cristina Heliodoro, de 17 anos, perdeu 80% do couro cabeludo no acidente em um kartódromo no Paranoá.
Porém, segundo a mãe da adolescente, Beth Heliodoro, o procedimento ainda não foi realizado por falta de equipe no hospital. Heloísa está internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
“Infelizmente, a gente não conseguiu ainda o curativo à vácuo, mesmo com a liminar, porque não tem equipe para fazer esse serviço”, disse Beth ao Metrópoles.
O acidente aconteceu em uma pista no Paranoá, no Distrito Federal, no domingo (10/12). A mãe da adolescente explicou que, apesar de a empresa de kart ter cedido o equipamento para a corrida, não houve orientação para que amarrasse o cabelo.
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Heloísa se formaria no ensino médio no domigo (17/12)
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Ela teve 80% do couro cabeludo escalpelado
Reprodução/redes sociais
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Heloísa aguarda por cirurgia
Reprodução/redes sociais
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O curativo à vácuo ajudaria na recuperação de Heloísa para que, então, ela pudesse realizar o enxerto no couro cabeludo.
Em nota enviada nessa quarta (13/12), a Secretaria de Saúde (SES-DF) disse que “a paciente está com indicação de lavagem e curativo de 72 em 72h para que haja recuperação do tecido, realizados pela equipe especializada em cirurgia plástica do Hran, que avaliará o momento oportuno para o enxerto”.
Socorro e mudança de hospital
Heloisa foi socorrida na pista e deu entrada no Hospital de Base. Segundo a mãe, a demora em transferir a menina para outra unidade de saúde impediu que o tecido fosse reimplantado.
“O hospital nos atendeu, mas deixou ela muito tempo sem transferir para o outro, e ela perdeu o tecido que poderia ser aproveitado. Perdeu a oportunidade de fazer uma cirurgia e implantar novamente. São muitas coisas. Ela só tem 17 anos.”
A adolescente foi transferida para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde aguarda por cirurgia.
Em nota, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) afirmou que a paciente foi atendida e estabilizada no Hospital de Base “devido à gravidade de seu quadro clínico”.
“Após isso, equipe médica achou necessário encaminhar a paciente para passar por avaliação da equipe de Cirurgia Plástica, que fica no Hospital Regional da Asa Norte. Assim que recebeu a devolutiva do Hran, a paciente foi imediatamente encaminhada, sendo transferida no início da manhã da segunda-feira.”