A Defesa Civil de Maceió, capital de Alagoas, diminuiu de “alerta máximo” para “alerta” o nível de risco para o colapso da mina 18 da Braskem no município. A informação foi divulgada pelo órgão no fim da tarde desta terça-feira (5/12).
O órgão municipal informou que a velocidade do afundamento do solo da mina no bairro do Mutange passou de 0,27 cm/h para 0,22 cm/h. Nas últimas 24h a movimentação no local foi de 6,5 cm.
Apesar da redução no nível de alerta, a Defesa Civil de Maceió pede que a população local evite transitar pelo bairro do Mutange.
Na rede social X, antigo Twitter, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, (PL), declarou que a diminuição no nível de alerta significa que o município saiu de “um risco iminente de colapso para um estágio de menor gravidade, mas que ainda requer atenção”.
Imagens aérea da comunidade dos Flexais, no bairro do Bebedouro, que foi prejudicada pela mineração da Braskem em Maceio 3
Flexais, em Maceió, comunidade deixada para trás na retirada
Orlando Costa/Especial Metrópoles
Imagens aérea da comunidade dos Flexais, no bairro do Bebedouro, que foi prejudicada pela mineração da Braskem em Maceio 2
Flexais
Orlando Costa/Especial Metrópoles
Imagens aérea da comunidade dos Flexais, no bairro do Bebedouro, que foi prejudicada pela mineração da Braskem em Maceio 1
Maceió
Orlando Costa/Especial Metrópoles
Bairro do Mutange, completamente desocupado onde fica localizado a mina 18, sob risco iminente de colapso, em Maceió 4
Área da mina 18 da Braskem, que pode desabar
Orlando Costa/Especial Mestrópoles
Bairro do Mutange, completamente desocupado onde fica localizado a mina 18, sob risco iminente de colapso, em Maceió 3
Lagoa Mundaú pode inundar a cratera da mina
Orlando Costa/Especial Mestrópoles
Bairro do Mutange, completamente desocupado onde fica localizado a mina 18, sob risco iminente de colapso, em Maceió 2
Mina18 da Braskem
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Bairro do Mutange, completamente desocupado onde fica localizado a mina 18, sob risco iminente de colapso, em Maceió 1
Região foi evacuada e nem pescadores podem se aproximar
Orlando Costa/Especial Mestrópoles
Bairros do Mutange, Pinheiro e comunidade Flexais, afetados pela mineração da Braskem, em Maceió, que causou afundamento de solo e realocação de milhares de famílias 1
Maceió está afundando
Orlando Costa/Especial Mestrópoles
Região do bairro do Pinheiro afetada pela mineração da Braskem causa colapso na mina 18 em Maceió 10
A exploração mineral desenfreada vem sendo apontada por especialistas e autoridades públicas como a principal causa do problema
Orlando Costa/Especial Metrópoles
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Afundamento do solo
Estudos realizados pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) apontam que o afundamento de Maceió é causado devido a retirada inadequada de sal-gema do solo do município pela empresa Braskem. A exploração, que durou décadas, acabou por desestabilizar o subterrâneo da capital alagoana.
O sal-gema é utilizado para fabricação de soda cáustica e PVC.
Em julho deste ano, a empresa e a prefeitura de Maceió firmaram um acordo no valor de R$ 1,7 bilhão para compensar o afundamento do solo no município em decorrência da mineração. O acordo, porém, é questionado por parte das vítimas.
A prefeitura afirmou que irá utilizar o dinheiro para investir em obras na cidade, além de criar um “fundo de amparo” para auxiliar moradores das regiões afetadas.
O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), declarou nesta terça que o governo federal irá pagar um auxílio para pescadores e marisqueiros que foram afetados pelas atividades mineradoras da Braskem.