Em meio às negociações para voltar ao PT e ser vice do deputado federal Guilherme Boulos (PSol) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy se reuniu, na manhã desta segunda-feira (8/1), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto.
Atualmente, ela é secretária de Relações Internacionais do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), que deverá disputar a reeleição em 2024.
O encontro da ex-petista com Lula não estava previsto inicialmente na agenda do presidente da República. Também acompanharam a agenda o deputado federal Rui Falcão (PT-SP) e o atual esposo de Marta, Márcio Toledo. Falcão foi presidente do partido entre 2011 e 2017.
Marta Suplicy e Ricardo Nunes
Marta Suplicy (sem partido) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB)
Reprodução/Instagram
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A secretária de Relações Internacionais de São Paulo, Marta Suplicy
Governo do Estado de São Paulo
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Marta Suplicy começou a carreira política no PT
Moreira Mariz/ Agência Senado
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Marta Suplicy revelou em um grupo de WhatsApp que já falou com Lula sobre ser vice de Guilherme Boulos em 2024
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Marta Suplicy revelou em um grupo de WhatsApp que já falou com Lula sobre ser vice de Guilherme Boulos em 2024
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Ainda na campanha presidencial de 2022, Lula se comprometeu a apoiar o nome do ex-presidenciável Guilherme Boulos para a disputa para prefeito de São Paulo. Sem lançar nome próprio na cabeça de chapa, o PT deverá indicar o candidato a vice de Boulos.
Lula já sondou Marta
A ex-prefeita de São Paulo (2001-2005) já foi sondada pelo presidente para disputar o pleito, mas ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto – o que tem deixado petistas esperançosos e Nunes apreensivo. O atual prefeito deverá contar com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua campanha.
Para aliados de Marta, não faria sentido que ela mantivesse o apoio a Nunes, por quem tem apreço pessoal, se ele estiver disposto a dividir o palanque com Bolsonaro — segundo aliados do ex-presidente, ele deve indicar o candidato a vice na chapa do prefeito.
A política deixou o PT em 2015, quando migrou para o MDB. Em 2018, foi para o Solidariedade e, desde 2020, está sem partido.
Quando saiu do PT, ela rompeu relações com diversos caciques, incluindo o próprio Lula, e criticou a legenda publicamente diversas vezes. A reaproximação ocorreu durante o governo Bolsonaro e, em 2022, contra a reeleição do então presidente, ela decidiu apoiar o petista.
A própria Marta, que foi senadora pelo MDB junto da atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, desempenhou papel importante na aproximação da emedebista com a campanha petista nas eleições passadas. Foi na casa da ex-prefeita, por exemplo, que o petista se reuniu com Tebet em um almoço para selar a aliança no segundo turno.