Goiânia – Após uma investigação conjunta entre a Polícia Civil de Goiás (PCGO) e a Polícia Científica, a dinâmica do assassinato da adolescente Amélia Vitória de Jesus, de 14 anos, foi elucidada. A estudante desapareceu na última quinta-feira (30/11), após sair para buscar a irmã mais nova na escola.
O corpo dela, encontrado no sábado (2/12), estava encoberto por um lençol, em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital goiana.
Após diversas diligências, a força-tarefa montada para a resolução do caso prendeu o autor do estupro e homicídio da adolescente. Em coletiva de imprensa nessa terça-feira (5/12), os delegados Eduardo Rodovalho e André Botesini, apresentaram a identidade do suspeito e detalharam o passo a passo do crime.
Confira:
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Vítima foi carregada por cerca de 6 km
Divulgação/PCGO
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Amélia foi estuprada em um matagal e em uma residência abandonada
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Amélia ficou desaparecida por dois dias
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Suspeito foi registrado por câmeras de segurança
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Corpo foi encontrado enrolado em lençol
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Na imagem, o suspeito havia pintado a bicicleta para não ser identificado
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Ele matou a adolescente asfixiada após estuprá-la
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Segundo a PCGO, Janildo tem diversos antecedentes criminais
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Suspeito de assassinar Amélia foi identificado e preso
A identificação de Janildo veio por meio do material genético encontrado no corpo de Amélia. Segundo a polícia, ele tinha o DNA cadastrado no Banco Nacional de Perfis Genéticos por já responder na Justiça por um crime de estupro em 2017, que aconteceu em Rio Verde, no sudoeste goiano.
A partir das investigações, a polícia constatou que Janildo tinha o costume de praticar furtos e roubos usando uma bicicleta, na região em que Amélia desapareceu.
A principal hipótese é que ele tenha saído de casa no dia 30 de novembro para praticar furtos, mas acabou encontrando a adolescente pelo caminho e decidiu raptá-la, já com o intuito de cometer um estupro.
Conforme o delegado Eduardo Rodovalho, o investigado se aproveitou que o local tinha pouca movimentação, ameaçou a estudante com uma faca e a levou para os fundos de um imóvel, próximo a uma região de mata, onde a estuprou pela primeira vez.
Após esse primeiro ato de violência sexual, Janildo colocou a vítima no cano da bicicleta e fez um percurso de aproximadamente 6 km com ela, até chegar em um local que ele usava como esconderijo para usar drogas e colocar objetos roubados. Um vídeo mostra o suspeito andando com a menina na bicicleta.
No imóvel abandonado, Janildo teria estuprado Amélia durante toda a noite, até decidir matar a estudante por meio de asfixia. Durante a perícia foram encontrados diversos vestígios de abuso sexual, como peças íntimas, sangue e fios de cabelo da menina. A suspeita da corporação é de que a asfixia contra ela tenha sido praticada com um golpe mata-leão ou com o auxílio de um lençol.
Comoção familiar
Ainda de acordo com a polícia, a comoção da família do suspeito com o desaparecimento da adolescente pode ter influenciado Janildo a voltar ao local do crime e colocar o corpo na rua. Perícia indica que ele envolveu o corpo no lençol e o arrastou até a rua.
“A irmã dele disse que dizia: ‘Além de fazer maldade, não dá à família nem a chance de se despedir’. Eu acredito que essas palavras fizeram com que ele voltasse para colocar o corpo na rua”, diz o delegado.