São Paulo – Os trâmites para retirada dos destroços do helicóptero que caiu em Paraibuna, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, já iniciaram. A informação foi confirmada pela advogada Thaís Gianlorenço, que representa a CBA Investimentos, responsável pelo helicóptero.
Segundo Thaís Gianlorenço, a primeira etapa é colher todos os documentos e autorizações.
O acidente deixou quatro pessoas mortas. As vítimas estão sendo enterradas neste domingo (14/1). Raphael Torres foi sepultado no Cemitério Horto Florestal. Já os corpos da comerciante Luciana Marley Rodzewics Santos, 45 anos, e sua filha, Letícia Ayumi, 20 anos, são velados no Cemitério Jaraguá, na zona norte.
O velório e o enterro do piloto da aeronave, Cassiano Teodoro, 44, ainda não tem horário para ocorrer.
O acidente
O helicóptero modelo Robinson 44 foi encontrado, nessa sexta-feira (12/1), após 12 dias de buscas. O aparelho desapareceu na Serra do Mar, no dia 31 de dezembro. Morreram no acidente o piloto Cassiano Teodoro, 44 anos, e os três passageiros: Raphael Torres, 41; Luciana Rodzewics, 45; e Letícia Ayumi, 20.
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Piloto Cassiano Tete Teodoro conduzia helicóptero que sumiu
Reprodução
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Letícia e Luciana estavam no helicóptero que sumiu em SP
Reprodução
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Raphael Torres é amigo de Letícia
Reprodução
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Print de vídeo enviado por Letícia Ayumi a namorado
Reprodução
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Letícia enviou mensagens ao namorado citando pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer
Arquivo pessoal
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Troca de mensagens entre Letícia e o namorado mostra imagens de pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer
Arquivo pessoal
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Fotografia da vista do helicóptero que desapareceu mostra área de mata fechada e bastante neblina
Arquivo pessoal
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Outra foto enviada por Letícia mostra helicóptero pousado no chão
Arquivo pessoal
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A aeronave partiu do Campo de Marte, na capital paulista, em direção a Ilhabela, no litoral norte, na véspera do Ano-Novo. O último registro no radar havia sido por volta de 15h20 do dia 31 de dezembro. Pouco antes de a aeronave desaparecer, Letícia enviou mensagens ao namorado avisando sobre as más condições climáticas. Ela gravou um vídeo em que o helicóptero aparece totalmente coberto por neblina, sem visibilidade.
A análise dos celulares havia sido feita pela equipe de aviação da Polícia Civil ao longo dessa quinta-feira (11/1). Segundo o delegado Paulo Sérgio Reis Mello, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), apenas com tempo favorável, o que ocorreu na quinta, esse trabalho foi possível.
“Para fazer uma triangulação e encontrar o local dos celulares, é preciso três antenas [de telefonia móvel]. Lá, tinha só uma, e virada para outro lado”, disse o delegado.
Por isso, os policiais precisavam fazer voos na região para identificar as localizações prováveis dos celulares. Eles traçaram um cone, a partir da Rodovia dos Tamoios, na altura do km 54, que seguia por um raio de 12 quilômetros em cada um dos lados.
Esse direcionamento foi repassado para o Comando da Aviação da Polícia Militar (PM) na tarde de quinta-feira, e as equipes planejaram uma busca mais minuciosa a partir da manhã dessa sexta-feira.
O cone traçado pela Polícia Civil foi dividido em cinco quadrantes. Em cada um deles, os helicópteros das polícias fariam voos específicos, com menor velocidade e altura. No segundo quadrante, por volta das 9h15, os PMs encontraram os corpos.