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Brasileira presa na Índia volta ao Brasil com filho nascido na prisão

A brasileira Angélica Cristina Souza, condenada por tráfico internacional de drogas na Índia, em 2018, será transferida para o Brasil. Ela e o filho Emanuel Lorran, 4 anos, vão desembarcar em São Paulo nesta sexta-feira (7/10).

A criança não responde por nenhum crime, mas, desde o nascimento, vive com a mãe no presídio de Nova Délhi, capital da Índia. O advogado de Angélica, Carlos Nicodemos, defende que a detenção do menino viola todos os direitos humanos.

“Falando em nome de uma criança, trata-se de um caso de violação extremada de direitos humanos, no qual o Estado brasileiro, tomando conhecimento e ciência da existência dessa criança, desse brasileiro num presídio na Índia, não diligenciou da maneira satisfatória de modo que pudesse trazê-lo imediatamente, levando aí um tempo enorme, o que entende-se por um aprofundamento dessa violação”, explica o advogado da família.


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Carlos Nicodemos é presidente da Comissão de Direito Internacional, da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ). Ele destaca que a transferência da mãe para o Brasil foi o caminho mais “curto para poder tirar e romper esse ciclo de violência”.

No Brasil, Angélica cumprirá a pena de 10 anos imposta pela Justiça da Índia. Emanuel ficará sob os cuidados da avó.

O advogado da família destaca ainda que Emanuel chega ao Brasil sem nenhum pertence, sendo roupa ou brinquedos, e pede doações para dar uma infância mais confortável à criança. Ele completa 5 anos em 25 de dezembro, dia de Natal.

O Metrópoles questionou o Ministério das Relações Exteriores sobre as medidas que têm sido tomadas para atender Angélica e o filho, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

 

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