A Billie Jean King Cup (BJKC), considerada a Copa do Mundo do tênis feminino, voltará a Brasília após um hiato de 25 anos. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (11), em coletiva de imprensa no Palácio do Buriti. Em 10 e 11 de novembro, a equipe brasileira disputará os playoffs contra a Coreia do Sul em um melhor de cinco jogos, valendo vaga para a primeira divisão do torneio.
Anúncio da volta da BJKC a Brasília foi feito durante coletiva de imprensa no Palácio do Buriti | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
“Temos total condição de receber grandes torneios, de ser palco de grandes eventos”
Julio Cesar Ribeiro, secretário de Esporte e Lazer
No primeiro dia do torneio, os times se enfrentarão em duas partidas simples (um contra um). Outros dois embates simples serão realizados no dia seguinte. Caso haja empate de duas vitórias para cada seleção, um jogo de duplas vai decidir o confronto. A competição será realizada na Arena BRB, em um espaço construído para receber aproximadamente 4 mil pessoas por dia.
O secretário de Esporte e Lazer do DF, Julio Cesar Ribeiro, ressalta que Brasília tem se consolidado como a capital nacional do esporte. “Temos total condição de receber grandes torneios, de ser palco de grandes eventos”, garante. “E, ao que tudo indica, teremos um quarto campeonato de tênis na cidade, ainda em novembro, para aproveitar a estrutura construída para a Billie Jean King Cup”.
Os jogos do torneio serão disputados em uma quadra de saibro que está em construção na Arena BRB. De acordo com o presidente do banco, Paulo Henrique Costa, a bilheteria da BJKC deve superar a casa de R$ 1 milhão. “Precisamos lembrar o bem que receber um evento deste porte traz para a cidade – gera emprego, gera renda e turismo”, afirma. “Queremos fortalecer Brasília, consolidando a cidade como capital de grandes eventos”.
Tênis feminino em alta
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O time Brasil BRB tem nomes fortes, como Beatriz Haddad Maia, Luisa Stefani, Laura Pigossi, Carol Meligeni e Ingrid Martins – a convocação para os jogos contra a Coreia do Sul deve ser feita em outubro. Ainda assim, a equipe comandada pela técnica Roberta Burzagli vem de uma derrota nos qualifiers para a Alemanha, em jogos disputados na cidade de Stuttgart há quatro meses.
Na avaliação do presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Rafael Westrupp, o apoio da torcida brasileira será fundamental para a reconquista de uma posição de destaque na BJKC. “Esta será a primeira oportunidade que teremos, em muitos anos, de voltar à primeira divisão da Copa do Mundo Feminino”, observa. A BJKC, torneio que completou 60 anos de história em 20 de junho, é disputada por mais de 140 países.
“Depois de Maria Esther Bueno, o tênis feminino vive a sua melhor fase no país, com duas tenistas entre as cem melhores do mundo há poucos meses, a Bia Haddad Maia e a Laura Pigossi”, aponta Westrupp. “Isso nos faz acreditar muito na atual seleção brasileira enquanto time, mas, com certeza, ter a torcida empurrando e vibrando faz toda a diferença.”
A tenista Carolina Meligeni, medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2019, aposta na competência do time para vencer não só o confronto contra a Coreia do Sul, mas também outras competições da modalidade. “Estamos todas preparadas para fazer coisas grandes pelo mundo, temos atletas experientes no time”, assegura. “É um momento importante para o tênis feminismo brasileiro”.
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