Em entrevista para o The New York Times, divulgada nesta quinta-feira (15/8), Xuxa desabafou sobre a imagem que deram à ela durante os anos 80 e 90, além de esclarecer sobre a falta de representatividade em seus programas. “Não quero mais ser boneca”, afirmou.
“Nossa, que trauma eu botei na cabeça de algumas crianças. Eu endossei. Eu assinei embaixo. Eu não via isso como errado naquela época. Hoje sabemos que está errado”, ressaltou.
A publicação ressaltou o posicionamento da apresentadora durante os últimos anos, como defender os direitos da comunidade LGBTQPIA+ e dos animais, além de relatar a pressão estética que sofria, mesmo sendo uma mulher loira e de olhos claros: “Eu era uma boneca, uma babá, uma amiga para aquelas crianças. Eu era a Barbie daquele tempo. Ela usa um carro rosa, eu usava uma nave espacial rosa. Não quero mais ser boneca”, pontuou.
A Rainha dos Baixinhos aí da relembrou, durante a conversa, que quis mudar sua imagem, sair da “perfeição” que a cercava e, por isso, decidiu cortar o cabelo para protestar, assim que Sasha nasceu.
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Xuxa durante coletiva de Caravana das Drags
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Xuxa no velório de Rita Lee
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Tomzé Fonseca / AgNews
Xuxa deixa o velório de Rita Lee
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Fábio Vieira/ Metrópoles
Xuxa Meneghel
Xuxa Meneghel
Reprodução
Xuxa Meneghel
Xuxa Meneghel
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O projeto Navio da Xuxa celebrou os 60 anos da apresentadora
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Xuxa Meneghel
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@xuxameneghel/Instagram/Reprodução
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Xuxa faz maquiagem
Instagram/Reprodução
1 – Xuxa modelo
2 – Xuxa com Sasha
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O periódico destacou que, no documentário sobre a vida e carreira da artista, Xuxa garantiu que os erros em suas produções foram resultados das decisões de Marlene Mattos, sua ex-diretora, e da sociedade na época, que esboçava preconceitos que não seriam tolerados nos dias atuais, mas fazendo uma mea culpa, assumindo que participou de todos os processos dos trabalhos que realizou.
“Muitos, incluindo a própria Xuxa, questionam se o ideal limitado que ela representava era uma influência positiva no Brasil, país com uma população majoritariamente negra e que enfrenta um debate nacional sobre o que é considerado belo e quem foi apagado da cultura popular”, dizia o texto da série que está disponível para assinantes do Globoplay.