O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se manifestou nesta terça-feira (5/9) a respeito da fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre não publicizar os votos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O princípio da transparência, que é tão exigido no televisionamento das decisões, vai ficar ofuscado. Mas longe de mim saber quais são os motivos que foram tratados para dar uma declaração como essa”, afirmou Lir,a ao chegar na Câmara.
Ele ressaltou, ainda, que juristas e ex-ministros se manifestaram firmemente contra a fala do presidente.
Veja o momento:
“O princípio da transparência ficaria ofuscado”, diz Lira sobre votação secreta no STF
A declaração de Lula sobre votação secreta no STF continua repercutindo. Na tarde desta terça-feira (5/9), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), falou acerca do tema a jornalistas. pic.twitter.com/wKGw8iQtAz
— Metrópoles (@Metropoles) September 5, 2023
A fala de Lula acontece num momento em que os votos de seu indicado à Corte Cristiano Zanin são fortemente criticados pela militância de esquerda por, supostamente, não estarem alinhados a posições progressistas. Lula, porém, não citou o nome de Zanin e disse que seu discurso tem relação com a segurança dos magistrados.
“Se eu pudesse dar um conselho, é o seguinte: a sociedade não tem que saber como é que vota um ministro da Suprema Corte”, disse Lula, na live semanal.
“Acho que o cara tem que votar e ninguém precisa saber. Vtou, a maioria [ganha]. 5 a 4, 6 a 4, 3 a 2. Não precisa ninguém saber se foi o Uchôa que votou, se foi o Camilo que votou”, seguiu Lula, referindo-se ao jornalista Marcos Uchôa e ao ministro Camilo Santana, da Educação, que estavam presentes na live.
“Porque aí cada um que perde fica com raiva, cada um que ganha fica feliz. Então, para a gente não criar animosidade, eu acho que era preciso começar a pensar se não é o jeito de a gente começar a mudar o que tá acontecendo no Brasil, porque, do jeito que vai, daqui a pouco um ministro da Suprema Corte não pode mais sair na rua, não pode mais passear com a sua família, porque tem um cara que não gostou de uma decisão dele”, concluiu o presidente.