
São Paulo — O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse, nesta quarta-feira (29/11), que vai punir os funcionários do Metrô que aderiram à greve unificada dessa terça (28/11) e descumpriram a escala de trabalho e a decisão judicial que obrigou a manutenção de 80% do efetivo para operação das linhas na capital paulista.
Os metroviários participaram de uma greve conjunta com servidores da CPTM e da Sabesp, convocada em protesto contra o plano de privatizações do governador. Porém, nas demais empresas, o comparecimento de funcionários ficou dentro do que havia determinado o Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
“Vamos apurar as condutas individualmente e, havendo responsabilização, vamos aplicar sanções, como tem de ser”, disse Tarcísio, em uma entrevista na Secretaria Estadual da Saúde.
O TRT estabeleceu percentuais mínimos de presença aos servidores ao julgar que eles tinham direito de promover uma greve, mas que não poderiam deixar de oferecer transporte público para a população. No caso do Metrô, apenas 12% dos servidores apareceram para trabalhar, o que manteve parte das estações fechadas ao longo do dia.
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Portão de acesso à linha 3 vermelha fechado na Estação Itaquera do Metrô em dia de greve em SP
Leonardo Amaro/Metrópoles
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Acesso à CPTM na estação Itaquera em dia de greve em SP
Leonardo Amaro/Metrópoles
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Fila de passageiros à espera de ônibus no entorno da estação Itaquera do Metrô em dia de greve em SP
Leonardo Amaro/Metrópoles
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Placa na estação Barra Funda do metrô alerta para paralisação dos metroviários
Renan Porto/Metrópoles
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Sindicalistas protestam na estação Barra Funda em dia de greve em SP; acesso ao metrô está fechado
Renan Porto/ Metrópoles
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Acesso fechado à estação Jabaquara do Metrô em dia de greve em SP
Jéssica Bernardo/Metrópoles
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Movimento de passageiros em frente à estação Jabaquara, fechada em dia de greve em SP
Jéssica Bernardo/Metrópoles
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Acesso fechado à estação Jabaquara do Metrô em dia de greve em SP
Jéssica Bernardo/Metrópoles
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Ponto de táxi lotado na estação Itaquera em dia de greve do Metrô e da CPTM
Leonardo Amaro/Metrópoles
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Funcionamento parcial da CPTM na estação Barra Funda em dia de greve em SP
Renan Porto/Metrópoles
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Ponto de ônibus lotado no entorno da estação Jabaquara em dia de greve em SP
Jéssica Bernardo/Metrópoles
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Ponto de ônibus lotado no entorno da estação Jabaquara em dia de greve em SP
Jéssica Bernardo/Metrópoles
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Dentro de uma nova estratégia para combater as greves, o governo havia anunciado que iria conferir a escala de trabalho da empresa e punir aqueles que tivessem falta injustificada. Esse acompanhamento foi feito, segundo Tarcísio.
Punição por indisciplina
“As pessoas não cumpriram, mais uma vez, a decisão judicial. Então, o que a gente precisa fazer? ‘Tangibilizar’ a decisão judicial”, disse Tarcísio.
Tarcísio, porém, evitou anunciar quais seriam as eventuais punições para cada metroviário que participou da greve nem deu prazo para que as punições comecem.
“Vamos avaliar a conduta, vamos ponderar. Eu entendo que há uma infração, um descumprimento de dever funcional. Há uma indisciplina. E aí vamos ver. Ponderar a legislação, os limites legais, e ponderar a razoabilidade, dentro de uma gradação, para que a gente não tenha essa indisciplina, para que a gente não vulgarize decisões judiciais”, afirmou o governador.
Além de anunciar as punições individualizadas, o governo investiu em estratégias de diálogo direto com funcionários da empresa, buscando passar a mensagem que há espaço para discussões pontuais sobre direitos trabalhistas quando os processos de privatizações das empresas começar.
Por isso, internamente, a avaliação do Palácio dos Bandeirantes foi a de que a adesão menor à greve dessa terça-feira em relação à paralisação ocorrida pelo mesmo motivo no começo de outubro foi uma vitória do governador contra os grevistas.