A investigação da Polícia Federal sobre possíveis agressões e ofensas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Itália foi prorrogada para dar mais tempo aos peritos na análise dos vídeos enviados por autoridades daquele país. A decisão é do ministro Dias Toffoli, também do STF e relator do inquérito sobre o caso na Corte.
O episódio ocorreu em julho deste ano no Aeroporto de Roma, quando Moraes e familiares foram abordados por brasileiros que os teriam ofendido e até agredido com um tapa.
Roberto Mantovani, suspeito de agredir ministro Alexandre de Moraes
O empresário Roberto Mantovani, suspeito de agredir Moraes
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Roberto Mantovani chega para depor na PF
Empresário Roberto Mantovani chega para depor na PF em Piracicaba (SP)
Sam Pancher/Metrópoles
Nas imagens coloridas, Andreia Munarão, Alexandre Zanatta e o empresário Roberto Mantovani Filho – Metrópoles
Andréia Munarão, Alexandre Zanatta e o empresário Roberto Mantovani Filho são apontados como os possíveis agressores do ministro Alexandre de Moraes
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Toffoli também retirou o sigilo dos autos, mas manteve a reserva das imagens de câmeras de segurança do aeroporto, que foram enviadas pela Justiça italiana. O ministro alegou que a divulgação de imagens de pessoas suspeitas “é fundamental na persecução penal apenas quando o autor do delito ainda não tenha sido identificado ou esteja foragido, o que não ocorre no caso”.
Na decisão, proferida nesta quarta-feira (4/10), Toffoli atendeu pedido da PF para ampliar o prazo da conclusão das investigações.
Os investigados no inquérito são Roberto Mantovani Filho, Andreia Munarão e Alex Zanata Bignotto, que negam ter agredido o ministro do STF e família.
No momento em que teria sido agredido, Moraes estava na Itália e voltava de uma palestra na Universidade de Siena.
Segundo a versão do ministro, o filho teria sido agredido fisicamente, e o grupo de brasileiros o teria chamado de “bandido, comunista e comprado”. Os brasileiros negam a agressão física.