O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), realizada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), pede o indiciamento de Marco Edson Gonçalves Dias, o GDias, por golpe de Estado.
Apresentado pelo relator Hermeto (MDB) nesta quarta-feira (29/11), o texto diz que a “conduta inapropriada do general Gonçalves Dias, caracterizada pela falta de ação diante dos inúmeros alertas de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência, resultou na facilitação de atos” de 8 de Janeiro.
O pedido de indiciamento do general, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula (PT), representa uma vitória para a direita e é motivo de irritação para os petistas. Para Hermeto, ele deve responder por abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
“Considerando os elementos de informação produzidos durante o desenrolar das investigações promovidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito, os quais foram detalhadamente documentados ao longo do relatório, entende a relatoria existir elementos de informação aptos a justificar a recomendação de indiciamento de Marco Edson Gonçalves Dias”, traz o texto.
O relatório requer o indiciamento nos termos dos artigos 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito), 359-M (golpe de Estado), 163, parágrafo único, incisos I, II, III e IV (dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo a vítima), todos do Código Penal Brasileiro, e no artigo 62, inciso I, da Lei nº 9.605/1998 (deterioração de patrimônio tombado), todos combinados com o artigo 13, §2º, alíneas a, b e c.
Deputado Distrital Hermeto
Deputado distrital Hermeto (MDB)
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Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro chefe do GSI depõe na CPI dos Atos Antidemocráticos do dia 8 de Janeiro, na CLDF 2
General Gonçalves Dias depõe à CPI dos Atos Antidemocráticos, da CLDF
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Deputado Distrital Fábio Felix
Deputado distrital Fábio Felix (PSol)
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Blogueiro Wellington Macedo de Souza depõe à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Distrito Federal CLDF 6
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), ouve o depoimento da Ana Priscila, na manhã desta quinta-feira (28/9). Ela é apontada como uma das lideranças do movimento bolsonarista, que invadiu os prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF) ouviu o depoimento de Ana Priscila, na manhã de quinta-feira (28/9). Ela é apontada como uma das lideranças do movimento bolsonarista que invadiu os prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro
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Hacker Walter Delgatti Neto participa da oitiva dos antidemocráticos do 8 de Janeiro da CLDF 1
Deputados distritais na oitiva de Walter Delgatti
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Foto-major do GSI José Eduardo Natale presta depoimento à CPI (4)
O major do GSI José Eduardo Natale
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foto-presidente-vai-pedir-prorrogação-de-prazo-de-CPI
Presidente vai pedir prorrogação de prazo da CPI
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general Augusto Heleno CPI dos Atos Antidemocráticos CLDF
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O autônomo Armando Valentin Settin Lopes de Andrade, 46 anos, acabou detido em flagrante horas depois de participar da invasão às sedes dos Três Poderes
Eurico Eduardo / Agência CLDF
Foto-Anderson-Torres-chega-em-CPI-8-1-CLDF-8
“Não vou comentar o depoimento do general aqui. Mas houve operação com 500 policiais militares ali parados, esperando autorização do Exército para retirar o acampamento. Alguém vir aqui e dizer que [a PMDF] não agiu, [que] não era atribuição [dela], [que] não estava fazendo, é meio complicado. Precisa ser apurado por essa CPI”, afirmou
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Foto-Mauro-Cid-diz-que-permanecerá-em-silêncio-durante-CPI-3
Na ocasião, Cid também fez uso do direito ao silêncio em praticamente toda a oitiva
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CPI dos Atos Antidemocráticos ouve cel. Klepter Rosa. Brasília
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Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro chefe do GSI depõe na CPI dos Atos Antidemocráticos do dia 8 de Janeiro, na CLDF 3
Breno Esaki/Metrópoles
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A CPI é presidida por Chico Vigilante (PT), que ainda a retirada do nome de G. Dias, por entender que não há provas suficientes de indícios de crimes cometidos por ele relacionados ao 8 de Janeiro. A esquerda na CLDF, porém, só tem Chico e Fábio Felix (PSol) entre os titulares da CPI, com direito a voto.