A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) localizou, no fim da noite dessa quinta-feira (5/10), quatro corpos que, segundo informações do setor de inteligência do órgão, seriam dos supostos executores de três médicos assassinados em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital.
O Metrópoles apurou que líderes do Comando Vermelho (CV) ficaram indignados com o erro dos comparsas e temerosos de que o crime provocasse um revide brutal das autoridades. A facção teria feito questão de não sumir com os corpos para evitar especulações e para que o caso não ficasse sem um desfecho.
Três corpos estavam dentro de um carro na Rua Abrahão Jabour, nas proximidades do Riocentro; e outro em um segundo veículo, na Rua da Gardênia, no bairro Gardênia Azul.
Local onde os corpos foram encontrados
O corpo de Lesk foi encontrado na Gardênia Azul
Arthur Guimarães/Metrópoles
carro dos criminosos
A polícia está na Gardênia Azul para investigar o que aconteceu
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Corpos encontrados no Rio
O veículo foi alvo de diversos tiros
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A polícia encontrou três corpos em Jacarepaguá
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A suspeita da PC é de que os corpos encontrados em Jacarepaguá são de criminosos envolvidos na morte dos três médicos
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corpos dentro do carro
A Polícia Civil também está em Jacarepaguá
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Médico Daniel Sonnewend
Reprodução/Redes sociais
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Médico Marcos Andrade Corsato, de 62 anos, foi morto a tiros no RJ
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O médico Perseu Ribeiro de Almeida, 33 anos, morto no Rio de Janeiro
Reprodução
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O ortopedista Diego Bomfim
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Crime ocorreu na madrugada desta quinta-feira (5/10).
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A suspeita da Polícia Civil é de que Philip Motta, o Lesk, ex-integrante da milícia Gardênia Azul e agora membro do Comando Vermelho, seria o responsável pelo assassinato dos três médicos. Segundo fontes, o corpo de Lesk teria sido encontrado na Gardênia.
Foragido da Justiça do Rio, Lesk teve a prisão preventiva decretada por crime de associação para o tráfico em setembro de 2019. Ele também é apontado como integrante de um grupo paramilitar que atua na zona oeste.
Os médicos Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf Bomfim foram assassinados a tiros em um quiosque na orla do Rio de Janeiro. O médico Daniel Sonnewend Proença também estava com o grupo, mas sobreviveu aos ferimentos e está internado na capital carioca.
A suspeita da polícia é de que Perseu Almeida teria sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do Dalmir Pereira Barbosa, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras.
O grupo de Taillon estaria em guerra com o Comando Vermelho pelo controle de bairros da zona oeste carioca. Os executores teriam recebido a informação de que o miliciano estaria em um quiosque na Barra da Tijuca, perto de sua casa, e decidiram então assassiná-lo.
A Polícia Civil ainda investiga o caso e as possíveis motivações do crime.