A Polícia Militar do Rio de Janeiro vai expulsar os dois PMs, presos nesta terça-feira (31/10), que atuavam como seguranças de poderosos milicianos da Zona Oeste da capital. A determinação partiu do próprio governador Cláudio Castro.
O 3º sargento Bruno e Silva Affonso e o cabo Felipe Ferreira da Silva foram detidos na operação da Polícia Federal. Eles faziam a escolta do Taillon de Alcântara Barbosa e de seu pai, Dalmir, que comandam uma das maiores milícias da região.
Tanto o sargento quanto o cabo já foram autuados por participação em organização criminosa e serão submetidos diretamente ao Conselho de Disciplina da Polícia Militar, sem necessidade de instauração de inquérito policial (IPM). A medida visa agilizar a expulsão.
Polícia Cláudio Castro saindo do STF após reunião com ministro Fachin
Cláudio Castro cobrou agilidade na expulsão de PMs que escoltavam milicianos
Igo Estrela/Metrópoles
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Médico foi confundido com miliciano Taillon e executado na Barra da Tijuca
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Perseu Ribeiro de Almeida
O ortopedista Perseu Ribeiro de Almeida
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PMs no quiosque 4 da Barra da Tijuca
O caso ocorreu próximo ao quiosque 4, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro
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O ortopedista Diego Bomfim
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Arte/Metrópoles
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Médico paulista Marcos Andrade Corsato, 63 anos, executado em quiosque do Rio de Janeiro
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Médicos paulistas são mortos no RJ
Vídeo flagra momento da execução
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O ortopedista Diego Bomfim
O ortopedista Diego Bomfim
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Médicos executados em quiosque no Rio de Janeiro
Médicos executados em quiosque no Rio de Janeiro
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O Conselho de Disciplina julga aspirantes a oficiais da PM e praças “presumivelmente incapazes de permanecerem como policiais militares da ativa”. Cabe ao comandante-geral da corporação, em última instância, julgar os processos oriundos do conselho.
Na PM, Bruno e Silva Affonso recebia remuneração mensal bruta de R$ 9 mil.
Já o salário fixo de Felipe Ferreira da Silva era de R$ 7,2 mil, acrescidos de um extra de R$ 3,2 mil por participar do Regime Adicional de Serviço (RAS), que prevê pagamento por horas trabalhadas no período de folga.
Ao determinar a expulsão do sargento e do cabo, Cláudio Castro disse ao secretário da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, que a punição servirá de “exemplo” para PMs que cogitem se aproximar da milícia.
Miliciano confundido com médico
A 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, que pertence à Corregedoria da PM do Rio, acompanha o caso dos dois policiais que escoltavam milicianos.
Além dos PMs, um sargento reservista do Exército também foi preso na operação da PF, como mostrou a coluna nesta terça-feira.
Taillon de Alcântara Barbosa era o verdadeiro alvo de traficantes que, por engano, executaram médicos na Barra da Tijuca devido à semelhança física. Após o erro, os assassinos foram “condenados” e mortos pelo tribunal do Comando Vermelho (CV).
A milícia e o CV disputam a primazia do mundo crime na região.