A economia dos Estados Unidos avançou 4,9% no terceiro trimestre deste ano. É o que mostra a primeira leitura dos dados, divulgada nesta quinta-feira (26/10) pelo Departamento de Comércio do governo americano.
O resultado veio acima das expectativas do mercado. O consenso Refinitv, que reúne as principais projeções, estimava uma alta de 4,3%.
No primeiro trimestre, a economia dos EUA registrou alta de 2,1%, na base de comparação anual.
PMI já havia mostrado força
A força da economia dos EUA já havia sido comprovada pelo Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês), divulgado na terça-feira (24/10) pela S&P Global.
O PMI da indústria subiu de 49,8 para 50 pontos entre setembro e outubro e atingiu o nível mais alto em seis meses. Já o indicador do setor de serviços avançou de 50,1 para 50,9 pontos no período, o melhor resultado em três meses.
Ainda de acordo com a S&P, o PMI Composto dos EUA passou de 50,2, em setembro, para 51 pontos, em outubro.
PMI é a sigla para Purchasing Managers’ Index. O indicador econômico é utilizado para medir o desempenho e a atividade de setores da economia de um país.
O PMI tem como base pesquisas realizadas com gerentes de compras de empresas, que fornecem informações como o volume de produção, novas encomendas, contratações, entre outras.
Preocupação com taxa de juros
Com um mercado de trabalho forte e a atividade econômica resiliente, há o temor de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) volte a apertar a política monetária, subindo a taxa de juros na próxima reunião, programada para a semana que vem.
A elevação da taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação e esfriar a atividade econômica.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Fed, a taxa de juros foi mantida no patamar de 5,25% a 5,5% ao ano – a maior em 22 anos. Nas últimas 13 reuniões do Fomc, houve elevação dos juros em 11 e manutenção da taxa em duas.