Fontes ligadas à cúpula da Polícia Federal reclamam da condução da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em relação ao compartilhamento de informações relacionadas à investigação de espionagem de figuras públicas.
Investigadores informaram à CNN que a Abin apagou dos registros informações sobre 30 mil alvos monitorados pela PF, o que é visto como suspeita obstrução pelos policiais e, segundo eles, coloca em xeque atuação da atual cúpula do órgão.
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A investigação aponta que computadores apreendidos pela operação no último dia 20 chegaram formatados, portanto, com histórico sobre o uso do software FirstMile apagado. A Abin nega que tenha tentado obstruir a investigação.
O diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa, prestará esclarecimento sobre o assunto em reunião fechada da Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência do Congresso, quando deverá ser confrontado por parlamentares sobre as alegações da PF.
Agora, a PF espera que as informações compartilhadas nesta quarta-feira (25) levem a novos desdobramentos sobre o caso e indica que ouvirá outros alvos nos próximos dias, como o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin e delegado da PF.
O parlamentar estava à frente do cargo no período em que autoridades teriam sido espionadas.
Este conteúdo foi originalmente publicado em PF busca servidores que podem ter atrapalhado investigação sobre espionagem no site CNN Brasil.