A cooperação dos Estados Unidos na investigação da venda de joias no exterior é considerada por agentes da Polícia Federal como essencial para confirmar as informações prestadas pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
O militar da ativa prestou 24h de depoimentos na semana passada. As falas foram gravadas pelas autoridades policiais, que negociam um acordo de cooperação premiada com o ex-braço direito de Jair Bolsonaro.
O compartilhamento de imagens e documentos aguarda autorização dos Estados Unidos. A lista de pedidos já foi concluída pelo governo brasileiro, que, de acordo com relatos feitos à CNN, recebeu acréscimos de novos tópicos na semana passada.
As solicitações incluem documentação sobre a compra e a venda de joias, quebra de sigilos bancários e pedidos de filmagem. Após os depoimentos do ex-ajudante de ordens, de acordo com agentes policiais, novas informações foram requeridas.
A expectativa dos investigadores é de que, com o envio das solicitações para a autoridade central norte-americana, as primeiras informações sejam fornecidas ainda na primeira quinzena de setembro.
O pedido é efetuado por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, do Ministério da Justiça, e inclui o envio de uma equipe da Polícia Federal para efetuar diligências.
A pedido da Polícia Federal, foi autorizada a quebra de sigilo das contas bancárias no exterior de Jair Bolsonaro e do general da reserva Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
A suspeita é de que a conta bancária do militar teria sido usada para recebimento de valores relativos a vendas de presentes de alto valor recebidos por agentes públicos brasileiros de autoridades árabes.
Este conteúdo foi originalmente publicado em PF aguarda diligências no exterior para confirmar confissões de Cid no site CNN Brasil.