Parlamentares da oposição vão pedir ao STF para incluir, no inquérito das fake news, governistas que atacaram o ministro do Supremo André Mendonça, após o magistrado liberar o tenente Osmar Crivelatti de comparecer à CPMI do 8 de Janeiro.
À coluna, o deputado Filipe Barros (PL-PR) disse que enviará um ofício ao STF pedindo que parlamentares que chamaram Mendonça de “ministro bolsonarista” sejam investigados no mesmo inquérito que investiga bolsonaristas por críticas a Alexandre de Moraes.
Nesta terça-feira (19/9), durante sessão da CPMI, deputados e senadores governistas criticaram a decisão de Mendonça. Crivelatti foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro na Presidência e, atualmente, trabalha como assessor do ex-presidente.
Tanto Mendonça quanto Nunes Marques, que liberou a ex-subsecretária de Inteligência do Distrito Federal, Marília Alencar, de comparecer à CPMI, foram chamados de “ministros terrivelmente bolsonaristas” por parlamentares governistas.
“O Supremo Tribunal Federal não pode ficar assistindo ao que esses ministros, dois ministros terrivelmente bolsonaristas, querem fazer, obstruindo o Congresso Nacional”, disse o deputado Rogério Correia (PT-MG) na CPMI.
O argumento dos bolsonaristas é de que o Supremo tem de usar a mesma régua para medir as ofensas contra os ministros indicados por Jair Bolsonaro e incluir os petistas e governistas no inquérito por ataques contra membros da Corte.