A Novonor, sucessora da Odebrecht, ainda avalia o que fazer sobre a decisão do ministro Dias Toffoli, mas a tendência é não pedir o rompimento do seu acordo de leniência.
Segundo fontes envolvidas no processo, a Novonor estuda hoje solicitar a revisão do valor da leniência e do prazo de pagamento com os órgãos competentes numa renegociação técnica, sem discussão criminal ou política.
Até ontem a empresa ainda não havia sido notificada da decisão. A companhia vai ter que se manifestar após a notificação. Um time de advogados, contudo, está debruçado sobre o caso.
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Há múltiplos problemas em romper o acordo, explicam fontes próximas à companhia, que tenta virar a página da delação. O primeiro é que não são apenas as provas invalidadas por Toffoli dos sistemas do departamento de propina que sustentam acusações contra a empreiteira.
Há outras delações e evidências. E o fim do acordo de leniência deixaria a Novonor exposta a novos processos com base nessas provas.
Outra questão é rever o valor do acordo. Segundo apurou a CNN, nos Estados Unidos, a leniência, que era bem mais barata, já foi paga à vista. No Brasil, o acordo com o Ministério Público Federal chega a R$ 3,7 bilhões e boa parte ainda não foi pago. Fontes próximas à empresa dizem que hoje esse valor é impagável e querem baixar o montante e alargar o prazo.
A notícia de que o departamento de cooperação internacional do ministério da Justiça finalmente encontrou um documento que comprova a cooperação internacional entre os procuradores brasileiros e suíços só embaralhou ainda mais a análise do assunto dentro da Novonor. Procurada, a empresa não deu entrevista.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Novonor avalia decisão de Toffoli; tendência é não pedir rompimento da leniência, dizem fontes no site CNN Brasil.