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Major diz que deixou golpista pegar água “para acalmar ânimos”; siga

O major do Exército José Eduardo Natale se defendeu de acusações de colaboração com golpistas quando teria dado água para manifestantes no 8 de Janeiro, dentro do Palácio do Planalto.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal, ouve o oficial na manhã desta segunda-feira (9/10).


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O militar é um dos integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República que apareceram em imagens do interior da sede do Poder Executivo interagindo com os golpistas. Siga ao vivo:

Em depoimento inicial, ele narrou o que aconteceu antes de ter entregue água aos golpistas. “Observei que a porta do corredor em frente ao gabinete presidencial havia sido arrombada. Entrei e encontrei um cidadão sentado e outra manifestante, sem representarem ameaças iminentes naquele momento. Entrei na copa e, ao abrir a porta, três manifestantes bastante exaltados e hostis apareceram, perguntando minha função e o que havia naquele local. Respondi que não havia nada, somente água.”

Segundo ele, o manifestante “mais exaltado” disse que queria uma garrafa. “Em um esforço de acalmar os ânimos e conter a crise, evitando maiores danos, sob a ótica da razoabilidade, avaliei que deixar que pegassem a água era razoável para que a situação não se inflamasse e aquelas pessoas saíssem do local sem maiores danos.”

O depoente ressaltou que não deu água aos manifestantes, apenas permitiu que eles pegassem. A estratégia, na visão do major, foi bem-sucedida, já que acabou afastando os golpistas do gabinete presidencial, como ele detalhou.

“Após pegar uma garrafa, o mais exaltado me pergunta se ali era o gabinete do presidente. Faço sinal com a mão dizendo que não, e que ali eram somente salas cerimonial, e que a sala presidencial ficaria no piso abaixo, dissimulando a real proximidade do gabinete presidencial. Ele então chama outros manifestantes, sai e, logo após, desce as escadas, abandonando a região do gabinete presidencial.”


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Sessão da CPI desta segunda

A sessão da CPI que ouve Natale foi adiantada para o início da semana por conta do feriado de Nossa Senhora Aparecida, na próxima quinta-feira (12/10). Antes da oitiva, os deputados distritais votaram e aprovaram dois requerimentos. O primeiro, de Thiago Manzoni (PL), requer a convocação do coronel Sandro Augusto de Sales Queiroz, ex-comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional.

O requerimento repete estratégia da direita na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1 no Congresso Nacional, que também tentou essa convocação, como meio de responsabilizar a Força Nacional de Flávio Dino pelos atos violentos. Na CPMI, o requerimento foi rejeitado.

Outra aprovação desta segunda-feira foi o pedido de Hermeto (MDB) para que o Comando da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informe “a respeito dos sobrestamentos de abonos e férias no final do ano de 2022”.

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