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Mais de 35% dos pedidos de poda de árvore estão em aberto em SP

São Paulo — A Prefeitura de São Paulo deixou em aberto praticamente um em cada três pedidos (35,4%) de poda de árvore feitos pela central de atendimento 156, de julho a setembro deste ano. Os dados do terceiro trimestre são os mais recentes e fazem parte do portal da transparência da administração municipal, com atualização feita na última sexta-feira (3/11).

Ventos acima de 103 km/h durante a tempestade de sexta-feira derrubaram mais de 1.400 árvores em toda a Grande São Paulo, segundo os bombeiros — mais de 300 foram na capital. Moradores têm apontado que muitas árvores que caíram em meio ao vendaval estavam condenadas ou necessitavam de poda urgentemente.


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Segundo os números do portal da transparência, foram 15.752 solicitações para “avaliação em calçadas e praças para fins de poda ou remoção” de árvore entre julho e setembro. Isso representa um pedido a cada 8 minutos, em média, ao longo de três meses.

O levantamento baseado nos dados oficiais da própria Prefeitura mostra que, entre esses, 5.577 seguiam sem avaliação até a última sexta-feira, mais de um mês após o encerramento do trimestre — entre esses, há chamados sem resposta desde o início de julho.

Por causa do tamanho da cidade, a capital paulista tem 32 subprefeituras e o desempenho de cada uma varia bastante em relação aos pedidos de poda de árvore.

Os números mostram que a Subprefeitura da Casa Verde-Cachoeirinha, na zona norte, é aquela com o maior número de pedidos em aberto no período. Foram 413 solicitações e 340 constavam sem resposta, o equivalente a 8 em cada 10.

De forma geral, a zona norte tem 5 entre as 10 subprefeituras com o maior número de pedidos em aberto no 3º trimestre.

Entre os pouco mais de 10 mil chamados que constam como finalizados — ou seja, que foram analisados pela Prefeitura no período —, a média de tempo entre a solicitação e a resposta foi de 23 dias.

O que diz a Prefeitura

A Prefeitura afirmou que, ao longo dessa segunda-feira (6/11), foi montada uma força-tarefa que realizou a remoção de 172 árvores que caíram desde o temporal desse sexta, além de 367 galhos. A administração municipal, sob a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), atribuía a remoção de outras 125 árvores à necessidade de desligamento da rede elétrica por parte da Enel.

Durante o dia, o prefeito responsabilizou a Enel pelos pedidos de poda de árvore pendentes. “Para se ter uma ideia, temos mais de 3.600 solicitações de poda de árvores pendentes, porque a Enel não foi ainda desligar a rede elétrica para permitir os nossos trabalhos”, afirmou.

Nunes também disse que neste ano foi feita a poda de 150 mil árvores e a remoção de outras 10 mil que não estavam saudáveis.

Entre as árvores que caíram durante a tempestade, uma delas interrompia o fluxo de uma rua na Vila Mariana, zona sul da cidade, e deixava moradores sem energia elétrica 72 horas após ir ao chão e derrubar um poste.

A Enel apareceu no sábado (4/11), quando os troncos ainda estava sobre a rede. A subprefeitura da Vila Mariana surgiu no domingo (5/11), e apontou que a concessionária ainda não havia desenergizado os fios. Para os moradores, ficou clara a falta de coordenação nos trabalhos.

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