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Maioria das vítimas de racismo na internet são mulheres negras

Uma pesquisa da Faculdade Baiana de Direito divulgada nesta segunda-feira (23/10) revela que quase 60% das vítimas de racismo e injúria racial nas redes sociais são mulheres negras.

Os pesquisadores analisaram 107 decisões judiciais de segunda instância, de todo o país, no período entre julho de 2010 e outubro de 2022. A pesquisa é uma parceria com o JusBrasil e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

De acordo com a pesquisa, cerca de 60% das vítimas são mulheres. Os homens são apenas 18,29%. Em 23,17% dos casos, o gênero da vítima não foi identificado, que são os casos de discriminação racial, em que a coletividade é ofendida, não necessariamente uma vítima específica.

A pesquisa foi apresentada pelos pesquisadores da Faculdade Baiana, no Ministério da Igualdade Racial, em Brasília (DF).

Racismo nas palavras

Os tipos mais comuns de racismo e injúria racial identificados nas redes sociais são nominação pejorativa e animalização da vítima.

Em relação aos agressores, 55,56% são do gênero masculino e 40,47% são do gênero feminino. Chamou a atenção dos pesquisadores a grande quantidade de mulheres agressoras, muito superior ao que se encontra em pesquisas de outros tipos de criminalidade, onde o homem costuma ser o agressor predominantemente.

Os pesquisadores também constataram que as capturas de tela do celular, o chamado “print”, foram usadas como prova documental em 44 dos casos analisados.

As análises das decisões judiciais ainda mostraram que nenhum réu foi condenado a regime fechado. Além disso, em 83,6% dos casos, a turma de desembargadores manteve a condenação de primeira instância.

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