O grupo extremista Jihad Islâmica Palestina negou a autoria do bombardeio que atingiu o hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, nesta terça-feira (17/10). O Ministério da Saúde de Gaza, comandado pelo grupo islâmico Hamas, informou que há centenas de mortos no local.
Inicialmente, o Hamas informou que o ataque foi causado por Israel. No entanto, as Forças de Defesa israelense alegaram que a explosão teria sido provocada por um foguete lançado pela Jihad Islâmica.
Mas Daoud Shehab, um porta-voz da Jihad Islâmica, afirmou em entrevista ao jornal norte-americano New York Times que não houve ações do braço armado do grupo na região.
“Não houve nenhuma operação das Brigadas Al-Quds [braço armado] na área”, disse Shehab.
Israel continua a enviar soldados, tanques e veículos blindados perto da fronteira de Gaza em Ashkelon, Israel, em 16 de outubro de 2023
Israel continua a enviar soldados, tanques e veículos blindados perto da fronteira de Gaza em Ashkelon, Israel, em 16 de outubro de 2023
Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images
Cidadãos palestinos inspecionam sua casa destruída durante os ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023 em Khan Yunis, Gaza
Cidadãos palestinos inspecionam sua casa destruída durante os ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023 em Khan Yunis, Gaza
Ahmad Hasaballah/Getty Images
Uma visão da devastação na cidade de Beit Hanoun da cidade israelense de Sderot após ataques aéreos israelenses em 16 de outubro de 2023
Uma visão da devastação na cidade de Beit Hanoun da cidade israelense de Sderot após ataques aéreos israelenses em 16 de outubro de 2023
Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images
Equipes de defesa civil e moradores locais tentam resgatar pessoas dos escombros da casa destruída de uma família palestina atingida por um ataque aéreo israelense em Khan Yunis, Gaza, em 16 de outubro de 2023
Equipes de defesa civil e moradores locais tentam resgatar pessoas dos escombros da casa destruída de uma família palestina atingida por um ataque aéreo israelense em Khan Yunis, Gaza, em 16 de outubro de 2023
Belal Khaled/Anadolu via Imagens Getty
Criança palestina ferida é transportada para o Hospital Naseer após ataque aéreo israelense enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Khan Yunis, Faixa de Gaza, em 16 de outubro de 2023
Criança palestina ferida é transportada para o Hospital Naseer após ataque aéreo israelense enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Khan Yunis, Faixa de Gaza, em 16 de outubro de 2023
Mustafa Hassona/Anadolu via Getty Images
Equipes de defesa civil e residentes lançam uma operação de busca e resgate em torno dos escombros de edifícios destruídos enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Rafah, Gaza, em 16 de outubro de 2023
Equipes de defesa civil e residentes lançam uma operação de busca e resgate em torno dos escombros de edifícios destruídos enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Rafah, Gaza, em 16 de outubro de 2023
Rahim Khatib/Anadolu através da Getty Images
Palestinos deixam suas casas em segurança em meio aos destroços de edifícios destruídos após o ataque aéreo israelense no bairro de Tel al-Hawa enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia na Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023
Palestinos deixam suas casas em segurança em meio aos destroços de edifícios destruídos após o ataque aéreo israelense no bairro de Tel al-Hawa enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia na Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023
Ali Jadallah /Anadolu via Getty Images
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chamou a Jihad Islâmica de “terrorista” e reforçou que as forças israelenses não atacaram o hospital.
“Para que o mundo inteiro saiba: os terroristas bárbaros em Gaza são aqueles que atacaram o hospital em Gaza, não as FDI [Forças de Defesa de Israel]”, escreveu Netanyahu na rede social X (antigo Twitter).
A organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) e a Organização Mundial de Saúde, vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), condenaram o ataque ao hospital.
“Estávamos operando no hospital, houve uma forte explosão e o teto do centro cirúrgico caiu. Isso é um massacre”, afirmou Ghassan Abu Sittah, médico do MSF em Gaza.
Jihad Islâmica
A Jihad Islâmica é uma organização militante que desempenha importante papel no conflito entre Israel e Palestina. Fundada na década de 1980, ela é conhecida pela postura radical e pelas ligações estreitas com o Irã.
A organização tem como objetivo central a destruição de Israel e a criação de um Estado palestino islâmico. Os membros da Jihad defendem a resistência armada como meio legítimo de alcançar êxito nos seus propósitos.