A defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), preso desde agosto por determinação do ministro Alexandre de Moraes, apresentou as alegações finais no processo do qual ele é acusado de improbidade administrativa, suspeito de utilizar o cargo para favorecer o então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na manifestação, os advogados de Silvanei negaram que uma camisa com o 22 — número usado por Bolsonaro na campanha das eleições de 22 —, exibida poucos dias antes do segundo turno, fosse uma propaganda política à favor de Bolsonaro. A ação por improbidade tramita na Justiça Federal do Rio de Janeiro.
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Ministro do STF Nunes Marques e ex-diretor da PRF Silvinei Vasques
Montagem: Igo Estrela/ Vinícius Schmidt/ Metrópoles
Advogado Eduardo Pedro Nostrami Simão, que defende o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques
Advogado Eduardo Pedro Nostrami Simão, que defende o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Post de Silvinei Vasques, então diretor da PRF, nas eleições 2022
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PRF Michelle Bolsonaro e Silvinei Vasques durante evento na Fenaprf
Michelle Bolsonaro e Silvinei Vasques durante evento na Fenaprf
Divulgação
Fotos Silvinei Bolsonaro
Silvinei Vasques e o ex-presidente Jair Bolsonaro, também investigado em inquérito sob relatoria de Alexandre de Moraes
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Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, fala àComissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro 14
Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, fala à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, fala àComissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro 9
Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, fala à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, fala àComissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro 11
Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, fala àComissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Silvinei Vasques diretor PRF (1)
Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF
Reprodução/Instagram
Ex-diretor foto-silvinei-vasques-diretor-prf-ganha-premiação-presidente-bolsonaro
Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, negou relação pessoal com o ex-presidente Jair Bolsonaro
Reprodução
diretor-geral da PRF Silvinei Vasques
Coligação de Lula pediu a prisão do diretor-geral da PRF Silvinei Vasques
PRF/Divulgação
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“O demandado que nunca praticou nenhum ilícito, hoje está com 12 (doze) kg a menos, preso injustamente e correndo o risco de ser envenenado na cadeia”, alega a defesa.
Camisa 22 do Flamengo
Em 26 de setembro do ano passado, Silvinei presenteou o então ministro da Justiça, Anderson Torres, com uma camisa do Flamengo, com o número 22 nas costas, no fim de um evento oficial.
Os advogados de defesa alegam que o ex-diretor-geral “não prestou atenção no que estava escrito”, por não ter sido responsável pela compra da camisa, nem ter sugerido a colocação do número. “O acusado deu um presente que não adquiriu, não sugeriu, não produziu, do qual somente tomou conhecimento na hora”, argumentam.
Além disso, a defesa contesta a veracidade da foto, já que, de acordo com o texto, não foi feita uma perícia na imagem. E, por fim, alegam que, ainda que fosse, o número poderia estar relacionado ao jogador Rodinei, que jogava usando esse número no time, o “principal astro do Flamengo na temporada”, segundo os defensores.
Nova transferência
Em 12 de setembro, Silvinei Vasques foi novamente realocado para a ala destinada a detentos vulneráveis no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. O ex-diretor da PRF está sob custódia desde 9 de agosto, com a autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As investigações se concentram em alegações de que ele teria utilizado recursos públicos de forma indevida para influenciar as eleições de 2022.