Os ministros Flávio Dino (Justiça) e Rui Costa (Casa Civil) se uniram politicamente para viabilizar o plano de segurança pública, enquanto o PT reclama que não foi ouvido.
Ambos se reuniram antes do lançamento do plano, que tenta dar uma resposta à suposta inação do ministério e à violência policial na Bahia.
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Segundo pessoas próximas, Dino não entrou nos detalhes do plano, mas Costa deu algumas sugestões e a relação entre os dois é harmônica.
O movimento incomodou o PT, que vem criticando a política de segurança pública de Dino. O pano de fundo é a disputa pelo ministério da Justiça, caso Dino seja indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O PT defende os nomes de Jorge Messias, advogado-geral da União, ou do jurista Marco Aurélio de Carvalho.
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Na equipe de Dino, a preferência é por uma solução interna, como o secretário executivo, Ricardo Cappelli.
Há também divergências de condução da política de segurança. Benedito Mariano, coordenador do programa de segurança pública de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha, disse à CNN que nunca foi ouvido pelo ministério.
Ele criticou a falta de uma “polícia de proximidade” com a população de periferia, que não faça apenas o enfrentamento. A equipe de Dino rebate que essa “polícia de proximidade” é atribuição constitucional dos Estados.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Dino e Rui Costa se unem por segurança e PT reclama que não é ouvido no site CNN Brasil.