Delegado responsável pela investigação contra o ex-senador Telmário Mota, João Evangelista disse que não descarta que o político tenha obtido informações antecipadas sobre a operação que visa prendê-lo, nesta segunda-feira (30/10). Telmário é procurado pela polícia por suspeita ter mandado matar a ex-mulher Antônia Araújo de Souza, de 52 anos, mãe de uma de suas filhas.
“É uma pessoa que tem muita influência. É de uma família tradicional de Roraima. Ele tem uma vida política muito extensa. Eu não descarto a possibilidade de ele ter tido conhecimento antecipado dessas informações sigilosas. Independente de cautela ou controle que a gente buscou ter, mas esse tipo de coisa foge da nossa esfera de controle”, disse o delegado ao Metrópoles.
O investigador explicou que o ex-senador já é considerado foragido. As polícias de Roraima e do Distrito Federal continuam na busca pelo político. Telmário estava em Brasília, mas deixou o local onde estava nesta segunda, justo no dia da operação.
A polícia prendeu o suspeito de ser o executor do homicídio no interior de Roraima. Outro envolvido é sobrinho do ex-senador e também está foragido. A polícia aponta, ainda, suspeita de envolvimento de uma ex-assessora de Telmário. O delegado explicou que ela escondeu a motocicleta usada no crime e ajudou a monitorar a vítima.
Operação contra o ex-senador Telmário Mota
Reprodução/Polícia Civil
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O senador já responde a um processo de estupro contra a própria filha, ocorrido no ano passado. Na época, a adolescente tinha 17 anos. Antônia é mãe desta adolescente e foi morta com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro quando saía para trabalhar. A mulher foi executada três dias antes de prestar depoimento no processo de estupro. Na época, o senador chegou a lamentar a morte em nota.
Ao Metrópoles, o delegado disse que ainda apura se Telmário pagou alguma quantia ao executor do homicídio e aos outros envolvidos. “A fase é de investigação, mas já há muitos elementos dando conta de que ele foi de fato o mandante. Ele tinha motivo e tinha meios para alcançar a execução da vítima. Ele tinha pessoas próximas dele que contribuíram para alcançar a execução. Tudo leva a crer que ele foi o mandante”, disse João Evangelista.