O Ministério da Saúde informou, nesta terça-feira (14/11), que as crianças que foram repatriadas de Gaza estão com insônia e ansiedade. Esse quadro clínico é provocado devido à longa viagem do Oriente Médio para o Brasil e também em decorrência do aumento das tensões na região.
“Alguns [repatriados] apresentam sintomas de cefaléia, insônia, ansiedade, etc. Crianças ainda incomodadas com barulho de avião por conta do trauma da guerra. A equipe está fazendo um trabalho de lutoterapia, por meio de brincadeiras. Algumas delas não dormiram”, declarou Nilton Pereira Junior, diretor do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência do Ministério da Saúde.
Brasileiros repatriados da Faixa de Gaza chegam na Base Área de Brasília 20
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Os 32 brasileiros que estavam em Gaza desembarcaram em Brasília nessa segunda-feira (13/11). Ao chegarem em solo nacional, eles foram direcionados a agentes do Ministério do Desenvolvimento Social e da Casa Civil, que devem providenciar identidades, auxiliar em pedidas de refúgio, oportunidades de emprego e no acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Os brasileiros chegaram ao Egito, onde embarcaram na aeronave cedida pela Presidência da República na manhã do último domingo (12/11). Eles deixaram Gaza depois de mais de um mês de espera para voltar para o Brasil após o início dos ataques israelenses à região.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, chegou a afirmar na segunda que duas crianças repatriadas estavam com um quadro de desnutrição. No entanto, a informação foi corrigida por Nilton Junior.
“Não há nenhum quadro de desnutrição ou desidratação. Muitas crianças ainda recusam água pelo tipo que consumiam em gaza, que gerava diarreia”, disse o diretor do Ministério da Saúde.
Segundo Nilton Junior, os brasileiros consumiam uma água inapropriada em Gaza. A situação era agravada devido a dificuldade de entrada de ajuda humanitária na região e o racionamento de água provocado pelas autoridades de Israel.
Os ataques a Gaza foram iniciados após o dia 7 de outubro, quando membros do grupo extremista Hamas invadiram o território israelense e deixaram ao menos 1.400 mortos e milhares de feridos, mirando principalmente alvos civis em um ataque terrorista.
Em resposta, as Forças Armadas de Israel têm realizado uma série de ataque com mísseis e incursões terrestres ao território de Gaza, que é dominado pelo Hamas desde que membros do grupo expulsam militares da Autoridade Palestina.
Com a escalada dos conflitos o governo federal iniciou uma intensa articulação diplomática com autoridades de Israel para liberações dos brasileiros que estavam na região.