A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito criada para investigar os atos antidemocráticos do 8 de janeiro vive seus últimos momentos longe do brilho que imaginou ter ao ser criada, esvaziada e com um último impasse que deve inviabilizar o último depoimento, marcado para esta quinta-feira (05).
Integrantes da base do governo não veem necessidade da oitiva de Beroaldo José de Freitas Júnior, policial militar que tentou conter os golpistas. A CNN apurou que o próprio presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) relatou a alguns parlamentares que o depoimento seria desnecessário.
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Uma reunião no final da manhã desta quarta-feira, às 11h, marcará uma última tentativa de acerto dos ponteiros entre governo e oposição na CPMI – mas há pouca esperança em uma reviravolta e um novo depoimento – como o do ex-ministro Walter Braga Netto, general alvo dos governistas. A tendência é que os deputados e senadores só voltem a se reunir para discutir o relatório final, previsto para ser apresentado no dia 17 de outubro.
A oposição resiste e quer ouvir o PM convocado para depor na quinta-feira. Sem ter conseguido votos para aprovar a ida do comandante da Força Nacional ao colegiado, o grupo já começa a traçar planos para evitar a aprovação do relatório final – no qual estarão pedidos de indiciamentos de militares da ativa e da reserva, de acordo com relatos colhidos pela CNN.
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