A reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU solicitada pelos Emirados Árabes Unidos tem o objetivo definido de exigir que Israel aceite uma pausa humanitária nos combates na Faixa de Gaza. O encontro acontece nesta segunda-feira (30/10), em Nova York. E terá a participação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Na declaração em que pede a reunião de emergência, o Ministério dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes destacou “a importância da proteção dos civis, de acordo com o direito humanitário internacional, os tratados internacionais para a proteção dos civis e dos direitos humanos, e a necessidade de garantir que eles não são alvos durante o conflito”.
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Reunião da ONU sobre conflito em Israel e Hamas
Reprodução/ ONU
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Conselho de Segurança da ONU
Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images
Um míssil atinge atrás de um minarete em Gaza
Um míssil atinge atrás de um minarete em Gaza
Dan Kitwood/Getty Images
Mulheres soldados de Israel são vistas dirigindo um veículo blindado de transporte de pessoal no sul de Israel, perto da fronteira com Gaza
Mulheres soldados de Israel são vistas dirigindo um veículo blindado de transporte de pessoal no sul de Israel, perto da fronteira com Gaza
Heidi Levine for The Washington Post via Getty Images
Palestinos inspecionam casa destruída após um ataque aéreo israelense em Rafah, ao sul da Faixa de Gaza
Palestinos inspecionam casa destruída após um ataque aéreo israelense em Rafah, ao sul da Faixa de Gaza
Abed Rahim Khatib/picture alliance via Getty Images
Tanques e tropas israelenses movem-se perto da fronteira com Gaza
Tanques e tropas israelenses movem-se perto da fronteira com Gaza
Dan Kitwood/Getty Images
Pessoas feridas, incluindo crianças, são levadas ao Hospital dos Mártires de Al Aqsa, em Gaza
Pessoas feridas, incluindo crianças, são levadas ao Hospital dos Mártires de Al Aqsa, em Gaza
Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images
Devido ao corte de eletricidade de Israel e não permitindo o fornecimento de combustível, Gaza mergulhou na escuridão e o céu foi frequentemente iluminado pelas bombas lançadas
Devido ao corte de eletricidade de Israel e não permitindo o fornecimento de combustível, Gaza mergulhou na escuridão e o céu foi frequentemente iluminado pelas bombas lançadas
Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images
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Missão complicada para Conselho de Segurança da ONU
Será uma missão bem complicada, ainda mais depois de um fim de semana em que Israel conseguiu importantes avanços terrestres contra o grupo extremista Hamas, dentro de Gaza. E também após quatro tentativas de se interromper o conflito temporariamente dentro do Conselho de Segurança, em que as propostas de resolução – duas da Rússia, uma do Brasil e outra dos Estados Unidos – acabaram vetadas.
Aliás, o Brasil preside o grupo até esta terça-feira (31/10). E para dar mais força a um cessar-fogo temporário, o país mandará para a reunião o chanceler Mauro Vieira. O Conselho de Segurança tem cinco membros permanentes e com poder de veto: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Atualmente, fazem parte do conselho rotativo Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.
Na sexta-feira (27/10), a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução pelo cessar-fogo entre os israelenses e membros do Hamas. No entanto, a medida tem caráter recomendatório, ou seja, os envolvidos no conflito não são obrigados a acatá-la. O governo de Israel, porém anunciou que não irá cumprir a sugestão.
Israel em Gaza
Cercada por Israel, a Faixa de Gaza já vivia uma crise humanitária desde o começo da guerra. Além de estar no meio do conflito, a força israelense impedia a entrada de suprimentos, como água, comida e remédios.
Articulações da ONU e da Organização Mundial da Saúde (OMS) conseguiram aberturas humanitárias para o envio desses mantimentos.
A crise em Gaza piorou na última semana, com a invasão terrestre de Israel. O chefe do Estado-Maior israelense, general Herzi Halevi, afirmou em transmissão na TV que o conflito entre o país e o grupo extremista Hamas está passando para um próximo estágio.
“Essa guerra tem etapas e hoje passamos para a próxima etapa. As nossas forças estão atualmente a operar no terreno na Faixa de Gaza”, definiu o militar.