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Cinco chefes da Abin são afastados em operação por espionagem ilegal

Cinco diretores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foram afastados a pedido da Polícia Federal (PF), que deflagrou uma operação nesta sexta-feira (20/10) sobre servidores da agência que espionavam celulares ilegalmente.

Além disso, dois servidores foram presos preventivamente e a PF cumpre 25 mandados de busca e apreensão. As prisões e afastamentos foram no Distrito Federal. Já os mandados de busca também incluíram endereços em Goiás, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Entre os que foram afastados há diretores que entraram na época do governo de Jair Bolsonaro, mas que permaneceram no cargo até hoje.

A coluna Na Mira, do Metrópoles, apurou que um dos presos na operação é Rodrigo Colli, profissional da área de contrainteligência cibernética da agência. O outro é o oficial de inteligência Eduardo Arthur Izycki.

Sem autorização

De acordo com as investigações, os servidores usavam de forma ilegal o sistema de geolocalização de celulares, sem autorização da Justiça.

Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

Crise de confiança

Desde o começo da atual gestão do presidente Lula há uma crise de confiança de parte do governo com a Abin. O número dois da Agência, o diretor adjunto Alessandro Moretti, é próximo do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, que chegou a ser preso por suspeita de omissão nos ataques golpistas de 8 de janeiro. Mesmo com essa relação, ele foi nomeado para a cúpula da Agência em março.

Outro episódio que fragilizou a relação de parte do governo com a Abin foi a nomeação de Paulo Maurício Fortunato Pinto para o cargo de secretário de Planejamento e Gestão da Abin.

Fortunato Pinto já foi afastado em 2008, no governo Lula, por envolvimento em escutas ilegais contra políticos e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na Operação Satiagraha.

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