O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli, disse nesta sexta-feira (6/10) que “não tem cabimento” uma organização criminosa cometer um crime e ela mesma resolver.
Cappelli fez a declaração à GloboNews, horas antes de se encontrar com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para uma reunião sobre a execução a tiros de três médicos na Barra da Tijuca na madrugada de quinta-feira (5/10).
“O Brasil possui leis, possui regras, tem um estado de direito que precisa e será respeitado. Não tem cabimento a gente dizer que organizações criminosas cometem um crime e elas mesmas resolvem esse crime”, declarou Cappelli.
A Polícia Civil do Rio localizou, no fim da noite dessa quinta-feira (5/10), os corpos de quatro suspeitos de executarem os médicos. Segundo investigadores, o próprio Comando Vermelho (CV) teria determinado as mortes dos executores após um “tribunal do crime”.
Médicos executados em quiosque no Rio de Janeiro tiraram fotos pouco antes do crime
Médicos executados em quiosque no Rio de Janeiro tiraram fotos pouco antes do crime
Redes sociais/Reprodução
Três médicos foram assassinados a tiros em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, durante a madrugada desta quinta-feira (5/10).
Três médicos foram assassinados a tiros em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, durante a madrugada desta quinta-feira (5/10)
Reprodução
Médicos executados em quiosque no Rio de Janeiro 2
Médicos executados em quiosque no Rio de Janeiro: Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato, e Perseu Ribeiro Almeida,
Reprodução/Redes sociais
Philip Motta é conhecio como Lesk e teria sido o responsável pela execução dos médicos
Philip Motta é conhecio como Lesk e teria sido o responsável pela execução dos médicos
Reprodução/TV Globo
Ryan Nunes de Almeida é suspeito de estar envolvido em execução de médicos no Rio
Ryan Nunes de Almeida é suspeito de estar envolvido em execução de médicos no Rio
Reprodução/TV Globo
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Investigação
A viagem de Cappelli para o Rio já estava programada antes das execuções dos três médicos. Ele ia se reunir com integrantes do Ministério Público Federal (MPF) para discutir a atuação da Força Nacional no estado. Depois das mortes no quiosque na Barra da Tijuca, o objetivo da agenda foi ampliado.
Segundo Cappelli, o próprio presidente Lula determinou o apoio da Polícia Federal (PF) na investigação das mortes dos médicos. Um dos mostos era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSol-SP).
Os médicos assassinados bebiam cerveja em um quiosque na beira da praia, quando foram surpreendidos por homens armados com fuzis que desembarcaram de um veículo e dispararam mais de 30 vezes.
Morreram os médicos Marcos Corsato, Diego Ralf Bonfim e Perseu Ribeiro Almeida. Daniel Sonnewend Proença ficou gravemente ferido e foi hospitalizado.