O general Braga Netto pediu ao Tribunal de Contas União (TCU) a dispensa de licitação para a compra dos coletes à prova de balas para a Polícia Militar do Rio de Janeiro na época em que era comandante da intervenção federal na segurança pública do estado.
A CNN teve acesso ao parecer.
No documento, o gabinete de intervenção militar diz que a Policia Militar do Rio de Janeiro tinha a “necessidade pontual” de reposição de 8.571 coletes balísticos a partir de outubro de 2018.
Leia mais
Investigado pela PF, Braga Netto classifica operação como “pescaria de provas”, dizem fontes
Braga Netto afirma que contratos de compra de coletes seguiram “todos os trâmites legais previstos na lei”
Ex-ministro Braga Netto tem sigilo telefônico quebrado em operação da PF
O pedido explica que o colete requer um “criterioso e lento processo de teste de amostra”, que “não ocorre em prazo inferior a 60 dias”.
E finaliza: “Diante do exposto e em razão da relevância e urgência que o caso requer solicito a vossa excelência verificar a possibilidade de mandar analisar e se pronunciar acerca da admissibilidade deste gabinete de intervenção realizar contratações diretas”.
Ao final, o contrato acaba sendo firmado para a compra de 9.360 coletes com a empresa CTU Securities. A empresa não é mencionada no parecer. Ela é alvo de outro documento do TCU que permanece em sigilo.
Conforme revelou a CNN, o contrato terminou suspenso a pedido do próprio gabinete de intervenção militar por irregularidades apresentadas pela empresa nos certificados de segurança. A CTU Securities é investigada pela Controladoria Geral da União (CGU). O general Braga Netto nega qualquer envolvimento.
Veja também: Ex-ministro de Bolsonaro, Braga Netto tem sigilo telefônico quebrado pela PF
Este conteúdo foi originalmente publicado em Braga Netto pediu ao TCU dispensa de licitação para compra de coletes no Rio de Janeiro no site CNN Brasil.