O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, abriu a semana em baixa com sinais negativos do exterior. O índice que reúne as principais empresas da bolsa operava em queda de 0,91% pouco depois das 11 horas desta segunda-feira (14/8), a 117 mil pontos.
Se seguir em baixa até o fim do pregão, o Ibovespa terá sua décima queda seguida.
No pregão, o dólar subia 1,03%, a R$ 4,955.
Investidores reagem a dados do exterior e fatores internos, como os dados do IBC-Br, prévia do PIB, e dúvidas sobre os próximos passos na política de preços da Petrobras.
No exterior, a pauta é o risco de calote de uma das maiores incorporadoras da China, a Country Garden. Segundo fontes ouvidas pela agência Reuters, a companhia estaria buscando atrasar pagamento de títulos privados. As ações da Country Garden caíram 18% na bolsa de Hong Kong na última madrugada.
O caso da companhia adiciona dúvidas ao cenário do mercado imobiliário chinês. A deflação registrada na China e riscos de desaceleração da economia seguem afetando o humor dos mercados internacionais. Nova leva de dados econômicos do país sairá na noite desta segunda-feira.
A ação da Vale, uma das principais do Ibovespa, despencava quase 2,2% nesta manhã, impactada pelos dados chineses.
No mercado interno, investidores seguirão atentos às movimentações na Petrobras. O colunista Lauro Jardim, de O Globo, publicou que a companhia tem feito consultas internas sobre a possibilidade de aumentar os preços de combustíveis pela primeira vez neste ano, em meio à alta no preço do petróleo no mercado internacional. Nesta segunda-feira, o barril do tipo Brent é cotado acima de US$ 86.
As ações preferenciais e ordinárias da Petrobras caíam em torno de 0,4% nesta manhã. Embora uma eventual alta de preços seja positiva para os acionistas da companhia, os papéis da petroleira são impactados ainda pelos dados da China.
No cenário macroeconômico, também há risco de que uma alta da Petrobras gere efeitos na inflação, o que afeta negativamente o mercado de ações.