O fim de semana foi marcado pelo escalada de violência no Oriente Médio. Após os ataques na Faixa de Gaza nos últimos dias, o governo de Israel também entrou em conflito com o Hezbollah no Líbano e na Síria. Há, ainda, um aumento de tensão com o Irã.
Os ataques colocaram em alerta diplomatas do mundo inteiro que estão agindo na região e na Organização das Nações Unidas (ONU) para evitar o envolvimento de mais países na guerra.
“Estamos lutando em três frentes diferentes e sofremos perdas muito pesadas”, afirmou o porta-voz do Exército de Israel, Jonathan Conricus.
Só neste fim de semana, Israel foi bombardeado por mísseis vindos do Líbano e realizou uma contraofensiva contra o Hezbollah no território, tendo feito o mesmo na Síria, o que resultou na destruição do Aeroporto de Aleppo.
Além disso, Israel e Irã já haviam se estranhado durante a semana, mas no último domingo (15/10) a tensão aumentou entre os países. O crescimento da violência na região resultou em uma série de “troca de farpas” entre os iranianos e os Estados Unidos (EUA), que já declararam apoio à Israel.
As autoridades israelenses passaram o fim de semana ameaçando a invasão de Gaza, mas até o momento de publicação desta matéria, os avisos ainda não se concretizaram.
O próprio presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a amenizar o tom na imprensa norte-americana, afirmando que uma possível invasão da Faixa de Gaza por Israel seria um “grande erro”.
Apesar da situação alarmante, ainda há a expectativa pela possível reabertura da passagem de Rafah, na fronteira do Egito com a Faixa de Gaza, que está prevista para as 9 horas do horário local, o que pode, pelo menos, retirar parte dos civis do conflito no Oriente Médio.
A escalada do conflito no Oriente Médio foi palco de especulação no domingo (15/10), principalmente entre autoridades iranianas e estadunidenses. “Se a agressão sionista não parar, as mãos de todos os envolvidos estão no gatilho. Se o escopo de guerra se expandir, danos significativos serão inflingidos aos EUA”, alertou o chanceler iraniano Hossein Amirabdollahian.
A resposta veio de imediato, com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, admitindo a existência das chances de aumento do conflito. “Há um risco de escalada, com a abertura de uma segunda frente ao norte e, claro, o envolvimento do Irã”, respondeu o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan.
gaza oitavo dia de guerra
Guerra tem levado caos à população local
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Palestinos fogem para áreas mais seguras na Cidade de Gaza após ataques aéreos israelenses
Palestinos fogem para áreas mais seguras na Cidade de Gaza após ataques aéreos israelenses
Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
Israeli airstrikes continue on the 7th day in Gaza
Edifícios destruídos após os ataques aéreos israelenses em Rafah em Gaza
Abed Rahim Khatib/picture alliance via Getty Images
Israeli airstrikes continue on the 8th day in Gaza
Abed Rahim Khatib/picture alliance via Getty Images
Israeli airstrikes continue on the 7th day in Gaza
Edifícios destruídos após os ataques aéreos israelenses em Rafah em Gaza
Abed Rahim Khatib/picture alliance via Getty Images
Israeli airstrikes continue on the 6th day in Gaza
Edifícios destruídos após os ataques aéreos israelenses
Abed Rahim Khatib/picture alliance via Getty Images
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Os dados da situação no Oriente Médio
Até a última atualização, o número de vítimas na guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas aumentou. Neste domingo (15/10), o registro foi de 4.070 óbitos entre os dois povos. O Ministério da Saúde palestino contabilizou 2.670 mortes no conflito. Já a Embaixada de Israel informou que 1,4 mil pessoas perderam a vida. Além disso, há mais de 13 mil feridos, sendo 3,5 mil em Israel e 9,6 mil em Gaza.
O ataque à Faixa de Gaza ocorrerá “muito em breve”, de acordo com o discurso do porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, transmitido na noite do sábado (14/10). Ele, contudo, não afirmou quando a ofensiva ocorreria, e reforçou o pedido para que civis se mudassem para o sul de Gaza.