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Alunos de escola alvo de ataque pedem aulas online em abaixo-assinado

São Paulo — Alunos da Escola Estadual Sapopemba, alvo de um ataque a tiros que deixou uma estudante morta e três feridos na segunda-feira (23/10), organizaram um abaixo-assinado para que as aulas sejam aplicadas de forma online até o final do ano letivo. O documento conta com apoio de pais e responsáveis pelos estudantes.

No formulário, realizado por meio de um site, alunos e familiares escreveram relatos que indicam “motivos para assinar”. Até a publicação desta reportagem, o abaixo-assinado acumulava mais de 9,8 mil assinaturas — a meta estipulada é de 10 mil.

“Será inevitável ficar cinco horas na sala de aula, com medo, angústia, e esperando os sons de tiros. Sons que a todo momento se repetem em minha cabeça. E a imagem de correr e não parar, para não morrer”, escreveu um aluno.

“Pela segurança de nossas crianças. E pelas vidas que se foram em outros casos como esse”, disse uma mãe.

“Queria conseguir terminar a escola de um jeito decente, mesmo que seja pelo método EAD”, afirmou uma aluna. Outro estudante ainda sugeriu organizar um abaixo-assinado para colocar portas com detectores de metais na escola.


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Homenagem à aluna morta

Nessa terça-feira (24/10), os alunos realizaram um ato em homenagem à Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, que morreu com um tiro na cabeça. O encontro, em frente à escola, também foi marcado por mensagens de protesto e pedidos por “justiça”.

Durante a manifestação, estudantes comentaram sobre como seria retornar para a unidade depois do atentado. A escola ficará com as aulas suspensas por pelo menos 10 dias, conforme decisão do Governo do Estado.

“Eu não volto. O trauma foi muito grande para gente encarar assim, de frente”, disse uma aluna de 17 anos.

“Aterrorizante [o retorno]. Ninguém esperava por isso. A gente vê casos em outros estados, em outras escolas, mas quando a gente tem essa realidade dentro da nossa escola, é totalmente diferente. É muito difícil vir para um lugar onde vimos uma coisa tão horrível acontecer”, afirmou Camila Vitoria Andrade, de 19 anos.

Camila contou que estava focada nos vestibulares, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No entanto, o ataque abalou tanto ela como suas amigas. Sobre uma possível troca de escola, ela disse que “nem vale a pena”, por estarem no último ano do ensino médio.

O Metrópoles questionou a Secretaria de Educação de São Paulo sobre o abaixo-assinado e a possibilidade de atender ao pedido dos estudantes. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

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