Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) traçaram uma dupla estratégia de defesa contra a delação de Mauro Cid: as acusações são “banais” e o ex-ajudante de ordens teria confessado sob pressão.
Os políticos mais próximos ao ex-presidente minimizam as três principais acusações que pesam contra ele: a venda de joias no exterior, a tentativa de golpe e a falsificação da carteira de vacinação.
Eles argumentam que Bolsonaro acreditava que os presentes eram dele, que não houve golpe, e que o ex-presidente não precisava da carteira de vacina para entrar nos Estados Unidos.
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Os aliados contam que a estratégia é comparar essas acusações com os anos de corrupção do PT e tentar vitimizar Bolsonaro como sendo alvo de perseguição. Outra frente política é questionar a delação de Cid como tendo sido feita sob pressão para sair da cadeia.
No fim de semana, já circulavam nos grupos de bolsonaristas vídeos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) criticando as delações feitas na época da Lava Jato para que o investigado deixasse a prisão.
No sábado (9), o ministro Alexandre de Moraes liberou Cid da prisão preventiva, que ele cumpria desde maio no batalhão do Exército, e homologou sua delação premiada com a Polícia Federal.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Acusações contra Bolsonaro são banais e delação de Cid foi forçada, dizem aliados no site CNN Brasil.