A 19ª fase da Operação Lesa Pátria foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (25/10). São 12 pessoas investigadas, 13 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva cumpridos pela PF e expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os presos são:
José Carlos da Silva
Walter Parreira
César Guimarães
Fabrízio Colombo
Luiz Antônio Vilarde
A operação acontece nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Quem é quem
José Carlos da Silva
Conhecido como “Zé do Renascer”, é alvo dos mandados de busca e apreensão, e prisão preventiva expedidos pelo STF e cumpridos pela PF. Ele residia em Cuiabá, Mato Grosso.
Ele aparece nas imagens veiculadas pela internet do 8 de janeiro, durante a invasão ao Congresso Nacional.
Walter Parreira
Walter, que tem 62 anos, aparece um vídeo de antes e durante dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro – no caso de 8/1, ele é filmado próximo as agressões a um policial da cavalaria. Ele morava em Santos (SP), e foi um dos organizadores das caravanas rumo a Brasília.
Ele teria sido um dos 35 organizadores de manifestações a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro na baixada santista.
César Guimarães – Morador de Cuiabá (MT).
Fabrízio Colombo
Mora em Cáceres (MT). É policial rodoviário federal (PRF). É, inclusive, alvo de um processo do ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, devido uma entrevista dada ao jornal O Popular, em novembro do ano passado.
Luiz Antônio Vilarde – Morador de Cuiabá (MT).
Os crimes investigados pela Lesa Pátria
Os investigados estão espalhados pelo país, nas cidades de Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF). Os possíveis crimes são de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
O objetivo da operação é apurar os envolvidos de incitar, participar e fomentar os fatos ocorridos em 8 de janeiro deste ano, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra imóveis, móveis e objetos das instituições. A estimativa é que os danos causados ao patrimônio público no dia em questão cheguem a R$ 40 milhões.
Em nota enviada ao Metrópoles, a defesa de Leo Índio informou que “no início do inquérito, já houve um mandado de busca e apreensão emitido em desfavor dele, e nada foi encontrado. Não é novidade alguma. O nome dele foi incluído no inquérito que apura os atos infracionais do dia 08/01, e até o presente momento, inobstante o pedido da defesa de acesso ao STF aos termos do inquérito, ainda não foi autorizado”.
Lesa Pátria permanente
De acordo com a instituição, as investigações seguem com a Operação Lesa Pátria, que se torna permanente. De tempos em tempos, há atualizações em relação ao número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
A última fase da Lesa Pátria deflagrada pela PF havia sido no fim de setembro, quando foram cumpridas as fases 17ª e 18ª. Entre os alvos da 18ª fase, estava um general da reserva. Na 17ª, foram expedidos três mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão.