O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça acatou a um pedido de recurso da defesa de Osmar Crivelatti e o assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não será obrigado a ir à sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro para prestar depoimento. As informações são da analista de política da CNN Thais Arbex.
A oitiva está agendada para terça-feira (19).
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Ligação com Bolsonaro
Crivelatti atuou como ajudante de ordens da Presidência no governo passado, subordinado ao tenente-coronel Mauro Cid.
Atual assessor de Bolsonaro, Crivelatti é investigado no caso da suposta venda ilegal de presentes e joias recebidas pelo governo passado. Investigações da Polícia Federal (PF) indicam que ele teria assinado a retirada do relógio Rolex cravejado de diamantes do acervo onde o objeto estava guardado.
A CPMI aprovou o requerimento para que Crivelatti seja convocado a prestar depoimento na condição de testemunha.
A defesa entende que ele é investigado, e cita medidas aprovadas pelo colegiado, como quebras de sigilos telemático, telefônico e bancário.
O advogado Flavio dos Santos Raupp, defensor de Crivelatti, também disse que não estaria explicada, pela CPMI, a ligação entre o fato de ele ter sido subordinado a Mauro Cid com sua convocação para depor sobre os atos de 8 de janeiro, quando houve a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.
A defesa ainda disse ser “juridicamente impossível” distinguir quais perguntas deverão ser respondidas na condição de testemunha (sobre as quais não pode ficar em silêncio) e quais seriam direcionadas à condição de investigado, “tendo em vista a clara confusão entre o objeto da CPMI e os fatos apurados em investigação policial em trâmite nesse E. STF (no qual o Paciente é formalmente investigado)”.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Mendonça acata pedido e Crivelatti não é obrigado a comparecer em CPMI no site CNN Brasil.