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Ainda sob “efeito China”, ação da Apple cai após iPhone 15 ser lançado

As ações da Apple na Bolsa de Valores de Nasdaq, em Nova York, operavam em queda na tarde desta terça-feira (12/9), pouco depois de a empresa lançar oficialmente o iPhone 15, seu produto mais importante neste ano.

Por volta das 15h30 (pelo horário de Brasília), os papéis da Apple recuavam 2,38% e eram negociados a US$ 175,02.

Apesar da euforia da empresa americana com o lançamento do iPhone 15, as ações da companhia ainda estão sob o “efeito China”.

No fim da semana passada, os papéis da Apple já haviam despencado na Bolsa de Nasdaq, focada em empresas de tecnologia.

China x EUA

A decisão da China de proibir o uso de iPhones por servidores do governo e de empresas estatais derrubou os papéis do gigante de tecnologia e fez a Apple perder US$ 200 bilhões em valor de mercado em apenas dois dias.

A companhia mais valiosa do mundo viu suas ações caírem 6,8% entre quarta-feira (6/9) e quinta-feira (7/9).

A Apple é o principal papel negociado nas maiores bolsas americanas. As sanções ao iPhone na China levaram a uma corrida pela venda dos ativos.

A China enfrenta a desaceleração de sua economia – a segunda maior do mundo –, em meio a uma crise no mercado imobiliário. O cenário econômico mais difícil ameaça a demanda por vários produtos, de commodities variadas a artigos eletrônicos.

Para a Apple, a China é o principal mercado estrangeiro e base de sua produção global.

Segundo informações do The Wall Street Journal e da Bloomberg, os funcionários públicos chineses foram proibidos de usar iPhone e celulares de outras marcas estrangeiras durante o período de trabalho.

A decisão foi avaliada por especialistas como mais uma medida do regime de Pequim para limitar a influência da tecnologia estrangeira no país asiático.

A resposta da Huawei

O movimento da China também pode ser interpretado como uma resposta à decisão do governo dos Estados Unidos, anunciada em fevereiro, de excluir o aplicativo chinês TikTok de dispositivos federais.

A proibição coincide com a campanha chinesa para promover o lançamento do Mate60 Pro, do gigante de equipamentos de telecomunicações Huawei.

Também nesta terça, pouco antes de a Apple lançar o iPhone 15, a Huawei apresentou o seu segundo dispositivo compatível com 5G em menos de duas semanas. Trata-se de um telefone dobrável, o Mate X5, que chega ao mercado apenas alguns dias depois do lançamento do Mate 60 Pro – o primeiro telefone 5G da Huawei que usa chips internos desde que os Estados Unidos restringiram o acesso da empresa a tecnologias vitais.

Em 2019, a Huawei foi incluída pelo governo americano em uma lista de empresas apontadas como potencialmente ameaçadoras à segurança nacional. No caso do gigante de tecnologia da China, as restrições foram ampliadas em 2020, em meio a acusações sobre a proximidade da companhia com militares chineses.


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