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Presidente da Câmara de BH vai à polícia contra secretário de Zema

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo, sem partido, disse neste domingo (3/9) à polícia ter sido coagido pelo secretário da Casa Civil de Minas Gerais, Marcelo Aro, e aliados. Outros três vereadores também acusaram formalmente pessoas ligadas a Aro de ameaças.

Azevedo é alvo de um pedido de cassação. Segundo opositores, ele arquivou irregularmente uma denúncia contra ele próprio. Ele havia sido processado por ter chamado um colega de “resto de ontem” e “lambe-botas”.

Em um boletim de ocorrência, Azevedo acusou o secretário da Casa Civil do governo Zema do crime de “coação no curso do processo”, que tem pena de até quatro anos de prisão. O crime acontece quando há uso de “violência ou grave ameaça” para obter um favorecimento ilegal em um processo judicial ou administrativo.

Azevedo afirmou ainda que pessoas ligadas ao secretário Marcelo Aro disseram a seus aliados que “quantias de dinheiro poderiam ser entregues em troca de votos”.

Segundo o documento, nos últimos dias um funcionário de Aro, o ex-vereador Fernando Borja, disse ao presidente da Câmara: “Você conhece bem o Marcelo Aro e acho melhor você renunciar para o seu bem”. Na última quinta-feira (31/8), de acordo com o parlamentar, o secretário da Casa Civil disse a um assessor de Azevedo: “Vou acabar com o Gabriel [Azevedo], vou acabar com vocês, vou ter os votos necessários”.

O vereador Gilson Guimarães, da Rede, fez acusações na polícia contra o colega Wesley Moreira, do PP, ligado a Aro. Segundo o depoimento, Moreira disse a Guimarães que “sua vida política poderia ser muito prejudicada” caso ele não votasse pela abertura do pedido de cassação contra o presidente da Câmara. Também relatou que notou movimentações estranhas em volta de sua casa e muitas ligações telefônicas, o que o fez se sentir ameaçado.

Em um terceiro boletim de ocorrência, a vereadora Loide Gonçalves, do Podemos, prestou queixa contra o assessor Wellington Aguilar, também próximo a Aro. A parlamentar disse que Aguilar o seguiu na Câmara e ligou para ela muita vezes. Loide Gonçalves se disse “temerosa”.

Por fim, no quarto boletim de ocorrência, o vereador Cleiton Xavier, do PMN, fez outra acusação contra Wesley Moreira, do PP. Segundo essa versão, ouviu de Xavier que seria “o próximo a ser cassado. Apoiar o Gabriel dá isso”.

A coluna procurou toda as autoridades citadas. Até o fechamento desta reportagem, não houve resposta. O espaço segue aberto a eventuais manifestações.

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