Nas redes sociais, um cantor e compositor que faz diversas publicações sobre a vida difícil de artista fora dos holofotes da fama, na verdade, é sócio de uma empresa com R$ 80 milhões em contratos com as prefeituras de Mesquita e Belford Roxo, ambas no Rio de Janeiro, para oferecer mão de obra terceirizada.
Sócio fundador da Blauberg, o cantor Patrick Giovanni Santi Gonçalves de Barros faz apresentações em bares e churrascarias no Centro-Sul Fluminense. Além disso, ele integra um conglomerado econômico. A informação é do RJ2 e foi confirmada pelo Metrópoles.
Apesar de atuar em uma parte importante da empresa, Patrick vive em uma casa simples de Miguel Pereira, no interior do Rio. Segundo relatos de um vizinho, o cantor se mudou recentemente para morar com a mãe. Ele também desconhece a vida de empresário de Patrick.
À Receita Federal, o cantor informou viver em uma residência que fica em um terreno com outras quatro casas, sem entrada independente, em uma rua cheia de imóveis com tijolos aparentes.
Por outro lado, como dono da Blauberg, Patrick teria realizado uma contribuição de R$ 250 mil, como consta no quadro societário da Redesim, do Fisco. A principal atividade econômica da empresa é fornecer e fazer gestão de recursos humanos terceirizados.
Veja abaixo o perfil da Blauber na Receita:
Com capital inicial de R$ 250 mil, a atividade econômica principal da empresa é o fornecimento e gestão de recursos humanos para terceiros
Empresa sem dono
Entre as empresas do conglomerado estão a Icap, Itanhangá e o Instituto de Medicina e Projeto (IMP), conhecido como “a empresa sem dono” — uma vez que o presidente e diretor negam integrar o IMP.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) investiga a relação de dirigentes do IMP com agentes políticos. O Tribunal de Contas também apura o desperdício de dinheiro público nos contratos com as prefeituras.
O outro lado
O Metrópoles tenta localizar a defesa do cantor para esclarecer a participação dele no quadro societário da Blauberg. O espaço segue aberto para manifestações.