A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a ação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ouve, nesta terça-feira (15/8), o líder da organização, João Pedro Stédile O depoimento teve início no começo da tarde.
A participação de Stédile foi solicitada por diversos parlamentares de oposição. Entre eles, o deputado Kim Kataguiri (União-SP), que alegou, em requerimento, que as “declarações públicas” de Stédile sobre “invasões de terra” podem levantar questões sobre possíveis ilegalidades.
Desde a sua instalação, em maio deste ano, o colegiado ouviu diversos representantes de movimentos sociais que defendem a ocupação de terras. Entre eles, o líder da Frente Nacional de Luta no Campo e Cidade, José Rainha Júnior.
Acompanhe o depoimento de Stédile:
Oposição enfraquecida
Na última semana, a oposição sofreu trocas na composição de sete cadeiras do colegiado. As alterações ocorreram após uma série de ataques a ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a tentativa de associar o governo a crimes atribuídos ao MST.
Líderes partidários entraram em acordo e efetuaram as mudanças, o que irritou a ala mais extremista da CPI e os membros da mesa diretora.
O acordo permitiu que sete deputados da ala mais extremista da oposição e do Centrão fossem substituídos por novos nomes. As mudanças envolveram partidos como Republicanos, União Brasil e PP — siglas que têm buscado mais espaço no governo.
Além disso, em ato da Mesa Diretora, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), atendeu a um recurso apresentado por Nilto Tatto (PT-SP) e cancelou o depoimento de Rui Costa, ministro da Casa Civil, ao colegiado. A justificativa é que Costa, cuja oitiva estava prevista para a última quarta-feira (9/8), não teria ligação com o tema da CPI.