Após a posse do novo presidente da Argentina, Javier Milei, o Banco Central do país anunciou, nesta segunda-feira (11/12), novas regras que limitam as operações no mercado de câmbio, ou seja na compra de dólar.
De acordo com nota divulgada pela instituição, o objetivo é “dar tempo à gestão do Poder Executivo para cumprir os procedimentos administrativos para a formação das novas autoridades e anunciar e implementar as políticas que serão executadas”.
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Javier Milei e Jair Bolsonaro, durante cerimônia de posse
Lucas Aguayo Araos/Anadolu via Getty Images
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Karina Milei é a única irmã do presidente da Argentina; ela é dois anos e meio mais nova que ele
Agustin Marcarian/Reuters
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Chanceler de Lula, Mauro Vieira cumprimenta Javier Milei
Reprodução
President Javier Milei Takes Office in Argentina
O presidente cessante da Argentina Alberto Fernandez entrega a bengala presidencial ao presidente eleito Javier Milei durante sua cerimônia de posse no Congresso Nacional
Tomas Cuesta/Getty Images
imagem colorida de bandeira do Brasil na posse de Javier Milei na Argentina
Reprodução/Televisión Pública
Imagem de papelão de Javier Milei enquanto as pessoas começam a se reunir para cerimônia de posse
Imagem de papelão de Javier Milei enquanto público se reúne para cerimônia de posse
Marcelo Endelli/Getty Images
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Durante o período de transição para a nova gestão, todas a operações serão previamente analisadas e processadas com base em critérios de prioridade. A medida está sendo interpretada como um “feriado cambial” pela imprensa argentina.
Também foi adiado para terça-feira (12/12) o anúncio do pacote de medidas econômicas do novo governo. Durante reunião em seu primeiro dia útil de mandato, Milei afirmou que vai fazer um “inventário geral” do serviço público, com revisão de todos os contratos em vigor, e debateu, junto aos ministros, outras medidas para frear a crise econômica no país.
“O colapso da economia foi o título da reunião de gabinete”, definiu o porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni.
Milei tomou posse no último domingo (10/12) com a promessa de reconstruir as finanças públicas e a moral do país. O político ultraliberal tem propostas ambiciosas para tentar abaixar a inflação e pagar a dívida pública.
Durante a campanha, ele defendeu acabar com o Banco Central e dolarizar a economia argentina. No entanto, após eleito, o novo presidente deu sinalizações contrárias às propostas, nomeando, por exemplo, o ex-presidente do Banco Central Luis Caputo ao cargo de ministro da Economia.