O pagodeiro Michael Messias, preso no dia 12 desse mês, em Copacanava, por suspeitas de ligação com o grupo extremista islâmico Hezbollah, mudou seu depoimento à Polícia Federal. Agora, Messias afirma que recebeu uma proposta em dinheiro para matar – “US$ 100 mil ou mais” -, durante viagem que fez ao Líbano, e que teria recusado.
O Hezbollah, um grupo extremista libanês apoiado pelo Irã, é considerado como uma organização terrorista por diversos países, incluindo os Estados Unidos, França e Alemanha.
Na primeira versão, o músico havia dito que tinho ido ao Líbano apenas para fazer apresentações de pagode, a convite do principal suspeito da investigação antiterror da Polícia Federal, o sírio naturalizado brasileiro Mohamad Khir Abdulmajid.
No segundo depoimento, Messias admitiu ter se sentido assustado e surpreso durante sua primeira declaração, justificando a falta de clareza em seus relatos iniciais.
Messias disse que Mohamed abordou diversos temas delicados, incluindo perguntas sobre experiências anteriores com violência. Messias teria negado qualquer envolvimento em atividades criminosas, rejeitando até mesmo a possibilidade de cometer homicídios, mesmo diante de ofertas financeiras tentadoras.
Segundo Messias, Mohamed depositou R$ 500 em sua conta bancária e ainda entregou uma quantia considerável em dinheiro, sugerindo um passeio turístico em Beirute. Em um segundo encontro, três dias depois, Mohamed estava acompanhado por um homem mascarado e armado, renovando propostas financeiras para a prática de assassinatos.
“US$ 100 mil ou mais”
Mesmo diante de ofertas substanciais – “US$ 100 mil ou mais” -, Messias continuou a recusar. Ele negou qualquer conhecimento sobre facções criminosas, indivíduos procurados pela polícia ou ex-policiais dispostos a cometer assassinatos por dinheiro.
Após retornar ao Brasil com o dinheiro restante, Messias afirmou ter recebido uma mensagem no WhatsApp um mês depois, perguntando quando seria sua possível volta a Beirute.
De acordo com o depoimento, Mohamed ou o outro indivíduo não mencionaram o Hezbollah, e Messias alegou desconhecer completamente essa organização.
Mohamad veio para o Brasil em 2008 e é procurado pela Interpol no âmbito das investigações sobre recrutamento de brasileiros pelo Hezbollah.
Segundo investigações da PF, Mohamad continua no Líbano, e a polícia brasileira tenta viabilizar uma prisão e extradição.
Michael Messias foi preso suspeito de trabalhar para o Hezbollah
Michael Messias foi preso suspeito de trabalhar para o Hezbollah
Reprodução
Mohamad Khir Abdulmajid é o principal suspeito de buscar brasileiros para atuar pelo Hezbollah
Mohamad Khir Abdulmajid é o principal suspeito de buscar brasileiros para atuar pelo Hezbollah
Reprodução/Redes sociais
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Apoiadores do Hezbollah
Fadel Itani/NurPhoto via Getty Images
Hezbollah
Milícias xiitas seguram a bandeira do Hezbollah depois que as forças iraquianas entraram na cidade de Amirli, no norte, que estava sob cerco de militantes do Estado Islâmico por mais de dois meses em Saladino, Iraque, em 31 de agosto de 2014
Stringer – Anadolu Agency
Hezbollah
Grupos armados chegaram a um acordo de cessar-fogo na região montanhosa da fronteira entre o Líbano e a Síria em 2017
Furkan Guldemir/Anadolu Agency/Getty Images
Hezbollah
O secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, faz um discurso durante uma cerimônia do Dia da Ashura em Beirute, Líbano, em 24 de outubro de 2015
Ratib Al Safadi/Agência Anadolu/Getty Images
Grupo Hezbollah
Exercício militar realizado perto da fronteira israelense no governo de Nabatieh, Líbano, em 21 de maio de 2023
Houssam Shbaro/Anadolu Agency via Getty Images
Grupo Hezbollah
Grupos armados Hezbollah e Hay’at Tahrir al-Sham (HTS) durante uma visita guiada à imprensa na cidade de Arsal em 2017
Ratib Al Safadi/Anadolu Agency/Getty Images
Grupo Hezbollah
O chefe da unidade do Hezbollah ajuda um apoiador do Hezbollah a segurar sua boina
Manu Brabo/Getty Images
Grupo Hezbollah
Hassan Nasrallah falou em Beirute sobre o ataque do exército israelense a Gaza e alertou Israel sobre um possível ataque ao Líbano em novembro de 2023
Morteza Nikoubazl/NurPhoto via Getty Images
Grupo Hezbollah
Uma foto do falecido comandante militar pró-iraniano do Hezbollah, Imad Moghnieh, ao fundo enquanto combatentes participam de um exercício militar encenado
Marwan Naamani/picture alliance via Getty Images
Grupo Hezbollah
Os combatentes libaneses do Hezbollah participam de ataques transfronteiriços, parte de um exercício militar em grande escala, em Aaramta, na fronteira com Israel, em 21 de maio de 2023, antes do aniversário da retirada de Israel do sul do Líbano em 2000
Fadel Itani/NurPhoto via Getty Images
Grupo Hezbollah
Praça em Teerã enquanto o secretário-geral do Hezbollah do Líbano, Hassan Nasrallah, faz um discurso, em 3 de novembro de 2023
Morteza Nikoubazl/NurPhoto via Getty Images
04 November 2023, Lebanon, Beirut: Pro-Iranian Hezbollah militants chant slogans during the funeral procession of their comrade, who was killed in clashes against Israeli forces in south Lebanon. Fifty-eight Hezbollah fighters have been killed since 8 October in south Lebanon following the unprecedented Hamas attack against Israel. Photo: Marwan Naamani/dpa (Photo by Marwan Naamani/picture alliance via Getty Images)
Hezbollah em ação
Marwan Naamani/dpa (Photo by Marwan Naamani/picture alliance via Getty Images
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